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Grego cansa e perde duelo com Messi
Mesmo marcado individualmente, craque atua nos 2 gols da Argentina na vitória que mantém time 100%
Grécia 0
Argentina 2
Demichelis, aos 32min, e Palermo,
aos 44min do segundo tempo
RODRIGO MATTOS
DO ENVIADO ESPECIAL A POLOKWANE
Sokratis Papastathopoulos tem um nome tão grande
que poderia ofuscar alguém
chamado apenas Messi. Mas
seu fôlego não foi tão extenso
quanto o sobrenome.
Papastathopoulos acertou
na marcação individual até
os 32min do segundo tempo,
mas ele cansou e o melhor do
mundo voltou a ser melhor
do mundo nos 2 a 0 da Argentina sobre a Grécia, ontem.
O resultado garantiu ao time sul-americano a primeira
posição no Grupo B, com três
triunfos, o que o leva a enfrentar o México, nas oitavas.
Em um dos primeiros lances em que a Grécia pegou a
bola, ficou clara a dúvida de
Papastathopoulos no jogo.
Não sabia se apresentava-se
para receber ou se ficava ao
lado do camisa 10 argentino.
Olhou para os dois lados. E
preferiu ficar com Messi. A
tática irritava os argentinos.
Quando o volante grego
derrubou Messi, o técnico
Maradona quase entrou em
campo para reclamar.
O atacante também estava
incomodado. Errou dois passes fáceis seguidos. E passou
a cobrar do juiz um amarelo
para Papastathopoulos.
"O homem ficou em cima,
tentei levá-lo para fora para
abrir espaço no meio. Creio
que o árbitro o favoreceu. Ele
jogou sujo", disse Messi.
No primeiro tempo, só teve
espaço para um chute, defendido pelo goleiro.
O ataque argentino ficava
travado porque Agüero e Milito, que tiveram chance de
começar jogando pela primeira vez, eram pouco efetivos quando acionados.
O segundo tempo viu, de
novo, um Messi com marcador individual e outros na sobra. Só conseguia concluir
em cobrança de falta.
Até que, aos 32min, o camisa 10 cobrou escanteio na
cabeça de Demichelis. Embora Milito tenha se feito de zagueiro, a bola sobrou para o
mesmo Demichelis marcar.
MELHOR EM CAMPO
Com o empate entre Coreia
do Sul e Nigéria, a vaga grega
ficou quase inalcançável. E
Papastathopoulos cansou.
Foi o suficiente para Messi
fazer belo lance, driblar dois
e chutar na trave. No rebote,
Palermo, aos 44min, fez.
O camisa 10 argentino deu
cinco chutes a gol, dez dribles, 69 passes e correu mais
de oito quilômetros. Essa foi,
diga-se, sua partida menos
efetiva no Mundial, justamente a que era capitão.
Mas a Fifa o elegeu o melhor em campo. É preciso
mais do que um Papastathopoulos para parar um Messi.
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