São Paulo, quarta-feira, 23 de junho de 2010

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Grego cansa e perde duelo com Messi

Mesmo marcado individualmente, craque atua nos 2 gols da Argentina na vitória que mantém time 100%


Grécia 0
Argentina 2
Demichelis, aos 32min, e Palermo, aos 44min do segundo tempo

RODRIGO MATTOS
DO ENVIADO ESPECIAL A POLOKWANE

Sokratis Papastathopoulos tem um nome tão grande que poderia ofuscar alguém chamado apenas Messi. Mas seu fôlego não foi tão extenso quanto o sobrenome.
Papastathopoulos acertou na marcação individual até os 32min do segundo tempo, mas ele cansou e o melhor do mundo voltou a ser melhor do mundo nos 2 a 0 da Argentina sobre a Grécia, ontem.
O resultado garantiu ao time sul-americano a primeira posição no Grupo B, com três triunfos, o que o leva a enfrentar o México, nas oitavas.
Em um dos primeiros lances em que a Grécia pegou a bola, ficou clara a dúvida de Papastathopoulos no jogo. Não sabia se apresentava-se para receber ou se ficava ao lado do camisa 10 argentino.
Olhou para os dois lados. E preferiu ficar com Messi. A tática irritava os argentinos.
Quando o volante grego derrubou Messi, o técnico Maradona quase entrou em campo para reclamar.
O atacante também estava incomodado. Errou dois passes fáceis seguidos. E passou a cobrar do juiz um amarelo para Papastathopoulos.
"O homem ficou em cima, tentei levá-lo para fora para abrir espaço no meio. Creio que o árbitro o favoreceu. Ele jogou sujo", disse Messi.
No primeiro tempo, só teve espaço para um chute, defendido pelo goleiro.
O ataque argentino ficava travado porque Agüero e Milito, que tiveram chance de começar jogando pela primeira vez, eram pouco efetivos quando acionados.
O segundo tempo viu, de novo, um Messi com marcador individual e outros na sobra. Só conseguia concluir em cobrança de falta.
Até que, aos 32min, o camisa 10 cobrou escanteio na cabeça de Demichelis. Embora Milito tenha se feito de zagueiro, a bola sobrou para o mesmo Demichelis marcar.

MELHOR EM CAMPO
Com o empate entre Coreia do Sul e Nigéria, a vaga grega ficou quase inalcançável. E Papastathopoulos cansou.
Foi o suficiente para Messi fazer belo lance, driblar dois e chutar na trave. No rebote, Palermo, aos 44min, fez.
O camisa 10 argentino deu cinco chutes a gol, dez dribles, 69 passes e correu mais de oito quilômetros. Essa foi, diga-se, sua partida menos efetiva no Mundial, justamente a que era capitão.
Mas a Fifa o elegeu o melhor em campo. É preciso mais do que um Papastathopoulos para parar um Messi.



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