DE SÃO PAULO

Antes de ser chutada e xingada por alguns dos protagonistas da África do Sul-2010, a Jabulani já rolava em gramados europeus e até argentinos.
A Bundesliga, primeira divisão alemã, por exemplo, já utilizava bola semelhante desde 2009.
Coincidência ou não, a Adidas, fabricante da Jabulani, é patrocinadora da Alemanha. Não se ouviu atleta do país reclamar dessa bola nesta Copa.
Com design idêntico, a bola rolou também na última edição do Torneio Clausura da Argentina. Mas Lionel Messi, patrocinado pela Adidas, reclamou dela após o primeiro jogo na África.
"É preciso um tempo para se acostumar a ela", comentou o 10 argentino. Na Espanha, onde atua pelo Barcelona, a bola é de outro fabricante.
Mas ele também teve a oportunidade de experimentar a Jabulani em dezembro do ano passado em torneio importante.
A final do Mundial de Clubes da Fifa, nos Emirados Árabes, foi uma espécie de "preliminar" para a bola da Copa do Mundo. Messi fez o gol do título na final contra seus compatriotas do Estudiantes.
O presidente da Adidas, Herbert Hainer, entrou na polêmica e advogou por seu produto. "Esta é a bola mais redonda que já produzimos. Mais aerodinâmica e mais rápida", disse.
Ele afirmou que, por causa da altitude de Johannesburgo, a bola pode ser ainda mais veloz. A cidade está localizada 1.700 m acima do nível do mar.
O item mais polêmico do Mundial deve vender mais de 13 milhões de exemplares neste ano.


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