São Paulo, quarta-feira, 23 de junho de 2010

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Técnico e time inglês fazem mea culpa

Capello admite erros em jogos, Terry se desculpa e Rooney clama perdão

RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A PORT ELIZABETH

Quando o vitorioso técnico Fabio Capello assumiu a Inglaterra, foi firmado como meta levar a pátria-mãe do futebol às semifinais da Copa, algo que não ocorre desde 90. Hoje, porém, o English Team pode ser eliminado na fase de grupos sem vitória.
Se não bater a Eslovênia hoje às 11h em Port Elizabeth, só terá vida na Copa da África do Sul se der empate entre EUA e Argélia -e ainda assim dependerá do número de gols feitos nos dois duelos.
Até mesmo na fatídica Copa de 1950, quando a Inglaterra deu um dos maiores vexames da história ao perder para um time praticamente amador dos EUA, a equipe venceu -só em 1958, quando caiu num "grupo da morte", deixou a Copa sem triunfo.
Os dois empates sofríveis contra EUA e Argélia fizeram explodir de vez a crise no elenco, que já vinha exibindo desgaste desde o episódio de traição envolvendo Terry e Bridge, que deixou o time.
Terry cobrou Joe Cole na equipe e teve que pedir desculpas, mas o treinador Fábio Capello também já disparou contra o time. ""Não entendo porque não conseguimos mudar o ritmo ou a velocidade nos jogos. Somos muito lentos. Nesta Copa, se você não corre, pressiona e luta, fica difícil avançar."
Capello nega que o grupo esteja sem comando. ""Todas as vezes que precisei falar, os atletas me ouviram. Estão felizes, têm treinado bem. É normal ter pressão. Temos que vencer", falou o técnico, que tirou a faixa de capitão de Terry após o escândalo com a ex de Bridge.
Capello, que admitiu ter errado nas duas partidas da Inglaterra, disse que Terry é "um dos seus maiores jogadores", negando uma crise.
Já o zagueiro disse que não tinha a intenção de magoar o técnico ou outro colega. "Eu respondi a uma pergunta e quis ser honesto. Talvez tenha ido longe demais."
A crise chegou à arquibancada. Após o empate com a Argélia, Rooney criticou as vaias recebidas dos torcedores, criou mal-estar e também teve que pedir perdão.
Para hoje, a Inglaterra já cita outro rival, o gramado do estádio em Port Elizabeth. Ele tem se soltado bastante. "Já joguei em gramados piores. Não podemos usar isso como desculpa", falou Gerrard, capitão de última hora que não correspondeu.


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