São Paulo, terça-feira, 23 de julho de 2002

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PAINEL FC

Feitiço...
Não foi apenas o sambista Zeca Pagodinho que serviu de motivador para a seleção na Copa. Luiz Felipe Scolari utilizou, antes das quartas-de-final contra a Inglaterra, uma entrevista de Pelé a uma TV inglesa. Nela o "Rei" destacava o favoritismo dos britânicos e apontava as mazelas do futebol brasileiro dentro e fora de campo.

...contra o feiticeiro
O técnico estava bronqueado com Pelé desde a conquista do penta. Queria dar o troco em Pelé, que atacou seu trabalho e o esquema 3-5-2, logo após o título mundial, mas foi aconselhado por amigos a não fazê-lo. Não conseguiu, no entanto, segurar seu ímpeto por muito tempo.

Evitar combate
Pelé ouviu de seus assessores que o melhor é não rebater as críticas de Scolari, que disse que o ex-ministro não entende nada de futebol. Acham que a popularidade do gaúcho está alta demais e que um bate-boca com o técnico não valeria a pena.

Na miúda
A diretoria corintiana não vai mais falar sobre Dodô. Quer primeiro que o atleta resolva seu problema com o Botafogo, que lhe deve R$ 600 mil. Os paulistas temem que, se o negócio for fechado, os cariocas se recusem a quitar o débito. E que, automaticamente, o atacante tente repassar o prejuízo ao Corinthians.

Cofre fechado
Os times da Série B mandaram ofício à CBF pedindo ajuda para a realização do torneio. Receberam um não como resposta. Argumento: gastos para a competição não foram contemplados no orçamento anual da CBF.

Jurisprudência
A justificativa da CBF para o abandono à segunda divisão é, no mínimo, controversa: não foi reservado dinheiro para a Série B porque, em 2001, o C13 doou R$ 2,5 milhões para viabilizar a competição. Pelo raciocínio, não haveria por que não repetir o gesto nessa temporada.

Pires na mão
Hoje, liderados por Sport, Joinville e Londrina, representantes dos clubes se reúnem com Fábio Koff. Querem ver se os "grandes" podem ajudar.

Nova tentativa
A Prefeitura de Caxias (RS) reiterou na 6ª Vara Cível da cidade pedido de prisão do presidente da CBF por não ter colocado o Caxias na Série A, conforme decisão judicial.

Aula inaugural
A primeira reunião do Conselho Nacional de Esportes vai acontecer no início do próximo mês, provavelmente no dia 6, em Brasília. O órgão, diretamente vinculado ao Ministério do Esporte, regulará, entre outras coisas, a reação entre o público e o privado no futebol.

Tucano na moita
O ministro Caio Carvalho disse que não irá trocar farpas com Eurico Miranda, que na última semana voltou a disparar sua metralhadora giratória contra a "MP da Moralização". "Não vou "fulanizar" o debate", disse Carvalho a assessores. Ela adotou a mesma postura com relação a Ricardo Teixeira.

Pronto
Ontem, no Rio, o Código de Defesa do Torcedor foi lançado oficialmente. Para o governo, ele é um dos pilares que, junto com a MP, irá mudar o futebol brasileiro. O outro é o calendário. Nesse ponto, o governo conta com o apoio da TV Globo para implantar o modelo que considera quase ideal.

No papel
Até o final do mês, o código será encaminhado por José Luiz Portella secretário executivo do ministério, ao presidente Fernando Henrique Cardoso. O texto quer garantir um Brasileiro com turno, returno e pontos corridos, além de pôr fim aos convites para competições.

Missão
A diretoria do São Paulo deixou Raí, "manager" do time, encarregado de iniciar os estudos sobre a possibilidade de o clube trocar de centro de treinamento. Para os dirigentes, o atual, na Barra Funda, zona oeste da capital paulista, está defasado.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do deputado federal Pedro Canedo (PSDB-GO), sobre a "MP da Moralização":
- Do jeito que o texto chegou ao Congresso não pode ser aprovado. Caso contrário, será inconstitucional.

CONTRA-ATAQUE

"Personal trainer"

O período de preparação da seleção brasileira em Ulsan, na Coréia, serviu para que o técnico Luiz Felipe Scolari perdesse alguns quilinhos.
Todos os dias, após os treinos da equipe, o treinador fazia o percurso entre a Universidade de Ulsan, onde a equipe se preparava, e o hotel a pé.
Na primeira vez em que lançou mão do expediente, sempre acompanhado do auxiliar Flávio Teixeira, o Murtosa, Scolari agitou os fotógrafos e cinegrafistas que cobriam a seleção. Eles imediatamente passaram a segui-lo pelas ruas da cidade coreana.
Era o que faltava para aumentar ainda mais a diversão do técnico durante o exercício.
Ao perceber que o grupo, com suas pesadas câmeras e demais equipamentos, não daria trégua a ele, Scolari passou a correr por alguns trechos e a escolher as piores ladeiras e becos.
Quando chegou ao hotel, o treinador se desmanchou em gargalhadas ao ver os cinegrafistas e fotógrafos encharcados de suor e com a língua para fora. E soltou:
- Amanhã tem mais.



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