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São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 2003

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FUTEBOL

Em Miami, por uma vaga na decisão da Copa Ouro, país tenta superar a dificuldade de fazer gols nos anfitriões

Brasil sub-23 desafia "bunker" americano

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando o rival é o time principal dos EUA -como hoje, às 21h, em Miami, nas semifinais da Copa Ouro-, a seleção brasileira sofre para achar o caminho do gol.
Nos últimos dez anos, contabilizando as seleções principais que o time nacional enfrentou em pelo menos cinco oportunidades, os EUA têm a menor média de gols sofridos do Brasil. Em oito jogos no período, os brasileiros balançaram a rede apenas nove vezes, média de 1,12 por confronto.
Quando desafiou a equipe adulta americana com seu time olímpico, como vai acontecer hoje na Flórida, o desempenho ofensivo do Brasil foi ainda pior.
Em 1996, quando também se preparava na Copa Ouro para uma Olimpíada, o país só conseguir marcar uma vez no confronto entre as duas equipes.
A comparação entre a performance ofensiva do Brasil contra os americanos e as potências do futebol mostra a dureza que Kaká e companhia vão enfrentar.
Nos confrontos realizados nos últimos dez anos contra a Alemanha, por exemplo, a seleção fez, em média, 2,4 gols por partida. Contra a Holanda, essa marca é no período de 2,17, e com a Argentina fica em 1,55.
"Os EUA são um adversário muito difícil. É um time com grande disciplina tática e ainda joga como local. Por tudo isso, teremos que tomar muito cuidado", diz o técnico Ricardo Gomes, já prevendo as dificuldades que sua equipe irá enfrentar nesta noite.
Gomes repete assim o discurso de Carlos Alberto Parreira, o comandante da seleção principal, no mês passado, quando o Brasil venceu os americanos por 1 a 0 na Copa das Confederações. ""Os jogos contra os EUA sempre foram apertados", disse Parreira para justificar o magro triunfo.
Se o retrospecto histórico já é preocupante, o Brasil terá pela frente em Miami um rival em ótimo momento. Desde que perdeu para o time de Parreira na França, os EUA não foram mais vazados -a equipe já acumula 518 minutos com sua meta invicta.
"O Brasil é um adversário muito mais difícil do que os outros que enfrentamos na Copa Ouro [El Salvador, Martinica e Cuba], mas o medo de jogar com o Brasil para a gente não é mais o que costumava ser", diz, confiante, o goleiro Keller sobre o duelo de hoje.
Apesar de ter os direitos de transmissão, o SBT só anunciava ontem a exibição da partida em VT. A ESPN Brasil, que também exibe a Copa Ouro, não tem autorização para colocar sozinha no ar, ao vivo, os confrontos da seleção. A segunda semifinal da competição acontece amanhã, quando o México irá receber a Costa Rica. A final está marcada para o domingo, enquanto a disputa pelo terceiro lugar ocorre no sábado.


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