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FUTEBOL
Em Miami, por uma vaga na decisão da Copa Ouro, país tenta superar a dificuldade de fazer gols nos anfitriões
Brasil sub-23 desafia "bunker" americano
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando o rival é o time principal dos EUA -como hoje, às 21h,
em Miami, nas semifinais da Copa Ouro-, a seleção brasileira sofre para achar o caminho do gol.
Nos últimos dez anos, contabilizando as seleções principais que o
time nacional enfrentou em pelo
menos cinco oportunidades, os
EUA têm a menor média de gols
sofridos do Brasil. Em oito jogos
no período, os brasileiros balançaram a rede apenas nove vezes,
média de 1,12 por confronto.
Quando desafiou a equipe adulta americana com seu time olímpico, como vai acontecer hoje na
Flórida, o desempenho ofensivo
do Brasil foi ainda pior.
Em 1996, quando também se
preparava na Copa Ouro para
uma Olimpíada, o país só conseguir marcar uma vez no confronto entre as duas equipes.
A comparação entre a performance ofensiva do Brasil contra
os americanos e as potências do
futebol mostra a dureza que Kaká
e companhia vão enfrentar.
Nos confrontos realizados nos
últimos dez anos contra a Alemanha, por exemplo, a seleção fez,
em média, 2,4 gols por partida.
Contra a Holanda, essa marca é
no período de 2,17, e com a Argentina fica em 1,55.
"Os EUA são um adversário
muito difícil. É um time com
grande disciplina tática e ainda joga como local. Por tudo isso, teremos que tomar muito cuidado",
diz o técnico Ricardo Gomes, já
prevendo as dificuldades que sua
equipe irá enfrentar nesta noite.
Gomes repete assim o discurso
de Carlos Alberto Parreira, o comandante da seleção principal,
no mês passado, quando o Brasil
venceu os americanos por 1 a 0 na
Copa das Confederações. ""Os jogos contra os EUA sempre foram
apertados", disse Parreira para
justificar o magro triunfo.
Se o retrospecto histórico já é
preocupante, o Brasil terá pela
frente em Miami um rival em ótimo momento. Desde que perdeu
para o time de Parreira na França,
os EUA não foram mais vazados
-a equipe já acumula 518 minutos com sua meta invicta.
"O Brasil é um adversário muito
mais difícil do que os outros que
enfrentamos na Copa Ouro [El
Salvador, Martinica e Cuba], mas
o medo de jogar com o Brasil para
a gente não é mais o que costumava ser", diz, confiante, o goleiro
Keller sobre o duelo de hoje.
Apesar de ter os direitos de
transmissão, o SBT só anunciava
ontem a exibição da partida em
VT. A ESPN Brasil, que também
exibe a Copa Ouro, não tem autorização para colocar sozinha no
ar, ao vivo, os confrontos da seleção. A segunda semifinal da competição acontece amanhã, quando o México irá receber a Costa
Rica. A final está marcada para o
domingo, enquanto a disputa pelo terceiro lugar ocorre no sábado.
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