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Brasil testa estratégias de Bernardinho na Liga
Time do técnico, que poupou titulares e priorizou lado físico, estréia na fase final
Brasil pega hoje a Bulgária e
tenta superar cansaço da
viagem para buscar o sexto
título do 3º mais importante
torneio mundial de vôlei
DA REPORTAGEM LOCAL
Ênfase no trabalho físico, rodízio de jogadores, ritmo adquirido ao longo da competição, titulares poupados de jogos para evitar o cansaço.
Essas foram as principais estratégias de Bernardinho antes
e durante a Liga Mundial. A
partir de hoje, o treinador põe
de fato seu plano à prova.
A seleção masculina estréia
nas finais do terceiro mais importante torneio mundial do
vôlei invicta e favorita. O primeiro rival, a Bulgária, às 7h,
não assusta muito. O que preocupa é a situação dos brasileiros. "Não tivemos rivais tão difíceis na primeira fase. Ainda
estamos sentindo um pouco o
cansaço da viagem. Fomos o time que veio de mais longe, já
que os outros estavam na Europa. E não sabemos ainda como
estamos em relação a algumas
seleções", disse Bernardinho.
Na semana passada, ele lançou mão de uma estratégia para
tentar amenizar os efeitos do
fuso horário da Rússia, onde serão realizadas as finais.
Ricardinho, André Nascimento, Dante, Giba, André Heller e Rodrigão -base que entrará em quadra hoje, em Moscou- viajaram para a Itália na
semana passada. O restante do
grupo disputou as últimas partidas contra Portugal, no Brasil.
"É o segundo ano depois da
Olimpíada, todas as equipes
cresceram. No ano passado,
ainda havia muita renovação.
Além do mais, não tivemos os
12 jogadores treinando como se
deveria. Mas estamos motivados, e o resto conquistaremos
na base da superação, como
sempre fizemos", afirmou o
meio-de-rede Gustavo.
O atleta só se juntou ao grupo
nas últimas rodadas da fase
classificatória. Ele havia sido
dispensado para acompanhar a
recuperação de sua mulher, Raquel, que tinha um câncer raro.
"Ainda está difícil para mim.
Mas tento ajudar, passando um
pouco da minha experiência",
afirmou ele, que ficou dois meses sem tocar na bola.
Os jogadores que foram para
a Itália fizeram treinos com
uma equipe de Latina. Segundo
a comissão técnica, o grupo está
em condições físicas bem melhores do que o elenco que pegou Portugal em Fortaleza.
O único problema é o líbero
Escadinha, um dos que ficaram
no Ceará. Uma gripe o tirou do
treino de ontem, no ginásio
Luzhniki, que abrigou jogos da
Olimpíada de Moscou-1980.
Sem ele, o médico Ney Pecegueiro e o fisioterapeuta Guilherme Tenius, o Fiapo, tiveram de participar do último coletivo antes da estréia.
"Não é grave, estamos apenas
poupando-o para a partida",
disse Pecegueiro, que foi levantador na mesma época de Bernardinho. Os outros membros
da comissão técnica trabalharam apenas como gandulas.
Além da Bulgária -time que
só bateu o Brasil uma vez em
Ligas Mundiais-, a seleção terá
pela frente no Grupo F a Itália.
No último confronto antes
das semifinais, vai enfrentar a
Rússia, no único cruzamento
com um time da outra chave.
Completam o Grupo E Sérvia
e Montenegro e França.
Desde que Bernardinho assumiu o comando da equipe,
em 2001, os brasileiros nunca
deixaram de disputar uma final
da Liga -e caíram apenas em
2002, em Belo Horizonte.
NA TV - Liga Mundial de vôlei
Brasil x Bulgária, às 7h; Rússia x
Sérvia e Montenegro, às 13h,
ao vivo, no Sportv 2
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