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Técnico modifica discurso, e colegas aprovam estrelas
Performances de Ronaldinho e Kaká fazem Dunga deixar de lado sua predileção pelos campeões da Copa América
Equipe constata que Brasil cresceu no segundo tempo, e Robinho, que teve atuação discreta, diz que medalhões são "excepcionais" jogadores
DO ENVIADO A MONTPELLIER
Dunga recuou de sua posição
dura. Os companheiros aprovaram a entrada deles. E a era de
Ronaldinho e Kaká como reservas da seleção vai acabar logo.
O treinador até negou ontem
o que havia dito na véspera. Segundo ele, o fato de não escalar
os dois no time titular se deu
por uma questão de coerência,
e não porque seria uma injustiça com os jogadores que foram
campeões da Copa América.
Mas, na terça-feira, Dunga
havia dito com clareza em entrevista coletiva que "não seria
justo" o uso da dupla de astros
entre os titulares desde o início
do amistoso com a Argélia.
Depois do jogo, ele não repetiu o discurso de que quem disputou a Copa América tinha
vantagem. "O que eu sempre
digo é que eles são convocados
pelo que fazem nos clubes, mas
se escalam pelo que realizam
aqui", falou, ao responder sobre
como pretende montar o time
para as partidas contra os EUA,
em Chicago, e o México, em
Boston, no próximo mês.
Os dois atacantes titulares do
time há um bom tempo ficaram
felizes com a entrada de Ronaldinho e Kaká. "O toque de bola
melhorou, e as oportunidades
aumentaram depois da entrada
deles", disse Vágner Love, que
voltou a falhar nas finalizações.
"Eles são excepcionais", completou Robinho. Alguns defensores também apóiam os astros
como titulares. "No meu time,
eles jogam", afirmou o lateral-direito Daniel Alves.
"Foi muito bom voltar à seleção", disse o atleta do Barcelona. "Agora é olhar para a frente,
principalmente para as eliminatórias", falou o do Milan.
Para o qualificatório, aliás,
Dunga afirma estar com a base
do grupo quase pronta, mas que
sua "seleção sempre estará
aberta".0
(PAULO COBOS)
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