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Atletismo vislumbra recordes
Mundial, que começa amanhã, em Osaka, tem apostas de novas marcas com atletas de 4 continentes
Se em Helsinque-05 o foco estava concentrado na russa Yelena Isinbayeva, no salto com vara, há esperança em ao menos 5 provas agora
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Mundial de atletismo de
Osaka, que tem início amanhã,
promete recolocar a modalidade no caminho dos recordes.
Vários atletas, de quatro continentes, chegam ao Japão com
boas chances de superar marcas, algumas antigas. Historicamente, a competição é modesta
na superação de recordes.
Na última edição, em Helsinque-05, foram batidos só três
recordes, sendo o mais retumbante o da russa Yelena Isinbayeva, que superou os cinco metros no salto com vara (5,01 m).
A "chuva" de recordes ocorreu em Stuttgart-93, quando
cinco novas marcas foram obtidas. A única ainda em vigor é a
do 4 x 100 m dos EUA (37s40).
Em Helsinque, a grande expectativa estava concentrada
em Isinbayeva. O salto com vara foi várias vezes adiado devido às chuvas só para a russa ter
totais condições de superar seu
recorde. Em Osaka, além da
saltadora, as apostas estão diluídas por vários competidores.
É o caso do chinês Liu Xiang
(110 m com barreiras), do etíope Kenenisa Bekele (5.000 m),
dos norte-americanos Jeremy
Wariner (400 m) e Tyson Gay
(100 m), do jamaicano Asafa
Powell (100 m) e da croata
Blanka Vlasic (salto em altura).
Wariner, 23, campeão olímpico e mundial, correu os 400
m em 43s50 no início do mês
no SuperGP de Estocolmo.
Desde o recorde de Michael
Johnson (43s18), em 1999, ninguém fora tão rápido. A marca
ainda parece longe de ser superada? Não para o recordista.
"Acredito que Jeremy irá me
superar. Se não for agora, no
Mundial, será na Olimpíada de
Pequim [2008]", diz Johnson,
apelidado de Pato por causa de
seu jeito peculiar de correr.
Wariner é mais modesto. "Há
uma chance [de bater o recorde]. A pista é realmente rápida,
mas vou fazer a minha corrida."
Outro que promete novas
marcas é Asafa Powell. Ele já
igualou duas vezes seu tempo
nos 100 m (9s77). "Se as condições forem boas, poderei bater.
Mas o mais importante é vencer", diz Powell, que busca o
primeiro título mundial -não
foi a Helsinque devido a lesão.
Seu rival será Tyson Gay, dono da melhor marca do ano
(9s84). À sua frente na história,
só Powell, Maurice Greene e
Justin Gatlin, cuja marca está
pendente por causa de doping.
Nos 110 m com barreiras, Liu
Xiang cravou 12s92 no início de
junho, só quatro centésimos
acima de seu próprio recorde.
"Não podemos garantir nada.
Mas ele corre pelo ouro", analisa o técnico Sun Haiping, que
está seguro de que o pupilo correrá abaixo dos 13 segundos.
Nas provas de fundo, a aposta
é em Bekele. Em 2007, o etíope
foi quem mais se aproximou de
sua melhor marca nos 5.000 m
(12min37s35). Competiu pouco e centra forças no Mundial.
Entre caras conhecidas, é
Blanka Vlasic quem surpreende. A croata saltou 2,07 m no
início do mês. Havia 19 anos
que ninguém obtinha marca
tão expressiva no salto em altura. "Espero manter a regularidade e lutar por medalha."
Com agências internacionais
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