São Paulo, segunda-feira, 23 de setembro de 2002

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FUTEBOL

Doni pega pênalti, Kléber salva bola em cima da linha, e time de Parreira faz 2 a 1 no Paraná nos minutos finais

Corinthians obtém virada imprevista

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians pode ser previsível com suas jogadas pela esquerda e com seus lances de bola parada, mas conseguiu uma vitória ontem sobre o Paraná pelo Brasileiro da maneira mais imprevista.
Tão surpreendente foi que o goleiro Doni, outrora vilão, saiu como herói da torcida corintiana.
Tudo apontava para um triunfo tranquilo, pois a equipe paranaense havia perdido todas as suas partidas fora de casa. Contra o Vitória, o Corinthians havia sido bem convincente. Seria fácil.
A ausência do lateral-direito Rogério, que não atuou por causa de contusão, poderia não ser tão sentida -afinal o time joga mais pela esquerda. Mas foi.
O Paraná, bem fechado, anulou as principais jogadas ofensivas do Corinthians. Kléber levou pouco perigo, e Gil foi muito bem marcado. Nos escanteios e nas faltas do Corinthians, a defesa conseguia impedir o jogo aéreo rival.
Nos contra-ataques, o Paraná ameaçava esporadicamente. Em um desses, o bom lateral-esquerdo Fabinho avançou desde o meio-campo, livrou-se de dois adversários e chutou forte. A bola desviou na zaga e sobrou para Márcio, livre, abrir o marcador.
O gol paranaense, marcado aos 22min, só inflamou o ânimo corintiano. A virada parecia questão de tempo. Mas demoraria muito.
No final da primeira etapa, houve um bombardeio contra o gol de Marcos, mas nada adiantou. No começo do segundo tempo, mais uma série de chances para o Corinthians. Nada do empate.
O lance que decidiu a partida (ou poderia ter decidido) aconteceu aos 20min. Quando a torcida corintiana já cobrava o time e pedia a presença de Marcinho, Alexandre sofreu pênalti. Doni, como já fizera contra o Vitória, cometeu a penalidade máxima.
Pacaembu quieto. O respeitável artilheiro Márcio corre tranquilo para bater e manda no canto direito de Doni. O goleiro espalma a bola. O Pacaembu grita e ferve mesmo na fria tarde paulistana.
Marcinho entrou no lugar do previsível Gil. Fabrício, um volante, foi colocado no lugar do reserva de Rogério, Ângelo. Ninguém sabia o que ia acontecer.
Em duas cabeçadas, dois milagres salvaram o Corinthians. No primeiro lance, o travessão impediu o gol de Márcio. No segundo, Kléber tirou em cima da linha.
Com seis minutos para o final, muitos já previam o que poderia ocorrer. Ataque pela esquerda, com Marcinho. Bola desviada de cabeça. Guilherme marca. Três minutos depois, lance pela direita. Vampeta cai na área. Guilherme faz de pênalti. Três pontos previstos, com um final imprevisível.


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