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FUTEBOL
Doni pega pênalti, Kléber salva bola em cima da linha, e time de Parreira faz 2 a 1 no Paraná nos minutos finais
Corinthians obtém virada imprevista
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Corinthians pode ser previsível com suas jogadas pela esquerda e com seus lances de bola parada, mas conseguiu uma vitória
ontem sobre o Paraná pelo Brasileiro da maneira mais imprevista.
Tão surpreendente foi que o goleiro Doni, outrora vilão, saiu como herói da torcida corintiana.
Tudo apontava para um triunfo
tranquilo, pois a equipe paranaense havia perdido todas as
suas partidas fora de casa. Contra
o Vitória, o Corinthians havia sido bem convincente. Seria fácil.
A ausência do lateral-direito
Rogério, que não atuou por causa
de contusão, poderia não ser tão
sentida -afinal o time joga mais
pela esquerda. Mas foi.
O Paraná, bem fechado, anulou
as principais jogadas ofensivas do
Corinthians. Kléber levou pouco
perigo, e Gil foi muito bem marcado. Nos escanteios e nas faltas
do Corinthians, a defesa conseguia impedir o jogo aéreo rival.
Nos contra-ataques, o Paraná
ameaçava esporadicamente. Em
um desses, o bom lateral-esquerdo Fabinho avançou desde o
meio-campo, livrou-se de dois
adversários e chutou forte. A bola
desviou na zaga e sobrou para
Márcio, livre, abrir o marcador.
O gol paranaense, marcado aos
22min, só inflamou o ânimo corintiano. A virada parecia questão
de tempo. Mas demoraria muito.
No final da primeira etapa, houve um bombardeio contra o gol
de Marcos, mas nada adiantou.
No começo do segundo tempo,
mais uma série de chances para o
Corinthians. Nada do empate.
O lance que decidiu a partida
(ou poderia ter decidido) aconteceu aos 20min. Quando a torcida
corintiana já cobrava o time e pedia a presença de Marcinho, Alexandre sofreu pênalti. Doni, como já fizera contra o Vitória, cometeu a penalidade máxima.
Pacaembu quieto. O respeitável
artilheiro Márcio corre tranquilo
para bater e manda no canto direito de Doni. O goleiro espalma a
bola. O Pacaembu grita e ferve
mesmo na fria tarde paulistana.
Marcinho entrou no lugar do
previsível Gil. Fabrício, um volante, foi colocado no lugar do reserva de Rogério, Ângelo. Ninguém
sabia o que ia acontecer.
Em duas cabeçadas, dois milagres salvaram o Corinthians. No
primeiro lance, o travessão impediu o gol de Márcio. No segundo,
Kléber tirou em cima da linha.
Com seis minutos para o final,
muitos já previam o que poderia
ocorrer. Ataque pela esquerda,
com Marcinho. Bola desviada de
cabeça. Guilherme marca. Três
minutos depois, lance pela direita.
Vampeta cai na área. Guilherme
faz de pênalti. Três pontos previstos, com um final imprevisível.
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