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Debilitado, Brasil pega EUA por bronze
Alessandra, Erika e Janeth sofrem com lesões, mas querem jogar hoje por retorno ao pódio no Mundial de basquete
Norte-americanas, que perderam invencibilidade de 12 anos em Olimpíadas e Mundiais, querem se vingar de vaias da torcida brasileira
Marcelo Ferrelli/Gazeta Press
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Adrianinha faz exercício em treino do Brasil, que hoje tenta o bronze no Mundial de basquete |
ADALBERTO LEISTER FILHO
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Não poderia ser pior o adversário para a seleção hoje, em
sua tentativa de voltar ao pódio
no Mundial feminino de basquete. Os EUA, dois dias após
perderem a hegemonia na modalidade para a Rússia, prometem descontar suas frustrações
em cima do elenco nacional. O
jogo será às 9h30, no ginásio do
Ibirapuera, em São Paulo.
Anteontem, as norte-americanas viram cair um retrospecto de 12 anos e 50 jogos sem
perder em Mundiais e Olimpíadas. Nesse período, o time conquistou três ouros olímpicos e
um bicampeonato mundial.
A Rússia venceu por 75 a 68.
Além da derrota, o time ficou
irritado com os apupos a cada
ataque norte-americano e os
gritos de incentivos às russas.
"A torcida foi exageradamente ruidosa contra nós. Poucas
pessoas nos incentivaram. Deixamos aquilo para trás e agora
vamos buscar a medalha", conta a armadora Katie Smith.
Fora da decisão, os EUA encaram a partida de hoje como
uma final particular. "Agora o
bronze vale muito. Vamos jogar
como se fosse pelo ouro", declara a armadora Sue Bird. O Brasil tem visão parecida. "Será a
nossa final. Para esse grupo,
uma medalha vai significar
muito", diz a armadora Helen.
O problema é que o Brasil entra em condição precária para
buscar uma medalha que não
vê desde a conquista do Mundial da Austrália, em 1994.
O principal desfalque pode
ser Alessandra, quarta melhor
reboteira do Mundial, com média de 8,5 por jogo. A pivô foi
atingida no ombro durante disputa de rebote contra a Austrália, anteontem, e é dúvida.
"É uma tendinite no bíceps
esquerdo. Tratamos com antiinflamatório e fisioterapia.
Mas só poderemos avaliá-la
amanhã [hoje]", disse o médico
Carlos Eduardo Marques.
Alessandra fala que se esforçará para jogar. "Pode ser minha última partida pela seleção", diz ela, titular há 12 anos.
A segunda opção para o setor,
Erika, também não está bem. A
pivô, que se recuperou de torção no tornozelo esquerdo,
agora está com as unhas soltas
dos dedões dos dois pés. "Se
fosse hoje [ontem], ela não jogava", afirmou Marques.
O quarto que divide com
Alessandra já ganhou o apelido
de "enfermaria". "Brinco que
somos a dupla sertaneja Acabada e Destruída", diz Alessandra.
Janeth, que sofreu torção no
tornozelo direito contra o Canadá, na segunda fase, ainda sofre com dores, mas deve jogar.
"Não estou 100%", admite ela.
O ocaso do "Dream Team"
norte-americano também deve
complicar a classificação do
Brasil para Pequim-08. Os EUA
disputarão o Pré-Olímpico de
Valdivia (Chile), em 2007, atrás
da única vaga das Américas.
Caso não assegure lugar, a seleção terá que jogar o Classificatório Mundial, que será às
vésperas da Olimpíada e concede cinco vagas a Pequim-08.
"Erradamente, o público torceu para a Rússia. Isso complicou o Pré-Olímpico para nós",
lamenta o técnico Antonio Carlos Barbosa, que dá a receita para surpreender as norte-americanas hoje. "Elas são muito rápidas e agressivas. Não podemos cair na correria delas."
NA TV - Brasil x EUA Globo, ESPN Brasil e Sportv, ao vivo, às 9h30
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