São Paulo, quarta-feira, 23 de setembro de 2009

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Briatore quer ir à Justiça contra seu banimento

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A PARIS

O caso envolvendo a Renault pode ter acabado para a FIA, mas não para Flavio Briatore.
Inconformado com o resultado do julgamento do Conselho Mundial, anteontem, em Paris, o dirigente italiano agora estuda entrar na Justiça da França contra a entidade que comanda o automobilismo.
A ideia de processar a FIA é para provar sua inocência no caso e tentar recuperar sua imagem. O dirigente já entrou na Justiça francesa contra Nelsinho Piquet e seu pai, o tricampeão Nelson, por calúnia e por tentativa de chantagem.
Depois de punir a Renault com a exclusão do Mundial de F-1 até 2011 apenas se o time voltar a violar o regulamento, os conselheiros da FIA baniram Briatore de qualquer competição associada com a entidade por tempo indefinido.
Ex-chefe da Renault, ele e Pat Symonds, o diretor técnico da equipe, foram denunciados por Nelsinho Piquet por pedir que ele batesse seu carro de maneira proposital no GP de Cingapura do ano passado para favorecer seu parceiro de time, o espanhol Fernando Alonso.
Enquanto Symonds, desde o primeiro momento em que a história veio à tona, deu indícios de que ela poderia ser verídica e colaborou com os investigadores contratados pela FIA, Briatore seguiu rota inversa, negando qualquer irregularidade. Resultado disso, sua pena foi muito mais severa que a de Symonds, que foi suspenso por cinco anos das competições.
"Estou perturbado", declarou Briatore ao diário italiano "La Gazzetta dello Sport".
Briatore se encontra em uma situação bastante complicada, já que a maioria de suas fontes de renda estão ligadas atualmente ao automobilismo.
Sócio de Bernie Ecclestone na GP2, a principal categoria de acesso à F-1, o dirigente terá de se afastar do campeonato, já que a pena imposta pela FIA o proíbe de ter qualquer tipo de participação nas competições regulamentadas por ela.
O italiano também não poderá mais gerenciar a carreira de pilotos, pois quem tiver seu nome associado a ele não poderá tirar a superlicença, necessária para estar no cockpit de um F-1.
Para piorar, ele pode perder também sua participação no Queens Park Rangers, tradicional time de futebol inglês do qual é sócio. Segundo o regulamento local, ninguém que tenha sido banido por alguma entidade esportiva tem permissão para ser proprietário, dirigir ou ter parte de um time no país.


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