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Briatore quer ir à Justiça contra seu banimento
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A PARIS
O caso envolvendo a Renault
pode ter acabado para a FIA,
mas não para Flavio Briatore.
Inconformado com o resultado do julgamento do Conselho Mundial, anteontem, em
Paris, o dirigente italiano agora
estuda entrar na Justiça da
França contra a entidade que
comanda o automobilismo.
A ideia de processar a FIA é
para provar sua inocência no
caso e tentar recuperar sua
imagem. O dirigente já entrou
na Justiça francesa contra Nelsinho Piquet e seu pai, o tricampeão Nelson, por calúnia e
por tentativa de chantagem.
Depois de punir a Renault
com a exclusão do Mundial de
F-1 até 2011 apenas se o time
voltar a violar o regulamento,
os conselheiros da FIA baniram Briatore de qualquer competição associada com a entidade por tempo indefinido.
Ex-chefe da Renault, ele e Pat
Symonds, o diretor técnico da
equipe, foram denunciados por
Nelsinho Piquet por pedir que
ele batesse seu carro de maneira proposital no GP de Cingapura do ano passado para favorecer seu parceiro de time, o espanhol Fernando Alonso.
Enquanto Symonds, desde o
primeiro momento em que a
história veio à tona, deu indícios de que ela poderia ser verídica e colaborou com os investigadores contratados pela FIA,
Briatore seguiu rota inversa,
negando qualquer irregularidade. Resultado disso, sua pena
foi muito mais severa que a de
Symonds, que foi suspenso por
cinco anos das competições.
"Estou perturbado", declarou Briatore ao diário italiano
"La Gazzetta dello Sport".
Briatore se encontra em uma
situação bastante complicada,
já que a maioria de suas fontes
de renda estão ligadas atualmente ao automobilismo.
Sócio de Bernie Ecclestone
na GP2, a principal categoria de
acesso à F-1, o dirigente terá de
se afastar do campeonato, já
que a pena imposta pela FIA o
proíbe de ter qualquer tipo de
participação nas competições
regulamentadas por ela.
O italiano também não poderá mais gerenciar a carreira de
pilotos, pois quem tiver seu nome associado a ele não poderá
tirar a superlicença, necessária
para estar no cockpit de um F-1.
Para piorar, ele pode perder
também sua participação no
Queens Park Rangers, tradicional time de futebol inglês do
qual é sócio. Segundo o regulamento local, ninguém que tenha sido banido por alguma entidade esportiva tem permissão
para ser proprietário, dirigir ou
ter parte de um time no país.
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