Equipe não atua bem, mas bate Guarani, engata a 2ª vitória e faz clube esquecer rumores sobre seu futuro

São Paulo 2
Marlos, aos 14min do 1º tempo; Ricardo Oliveira, aos 19min do 2º tempo

Guarani 1
Baiano, aos 47min do 1º tempo

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Antes do jogo, o assunto no Morumbi era um só: a possível contratação do ex-técnico santista Dorival Jr. Depois da partida, a conversa continuou sendo a mesma.
Foi assim, ofuscado por questões de bastidores, que o São Paulo bateu o Guarani por 2 a 1, na noite de ontem.
A vitória não esconde a má atuação do time, mas mantém as pretensões de classificação para a Libertadores.
O São Paulo pretende aproveitar uma série contra seis rivais abaixo dele na tabela para embalar. Agora, tem 34 pontos e é oitavo.
Logo na abertura da sequência, quase tropeçou.
Empolgado com o 2 a 0 diante do Palmeiras, no domingo, o interino Sério Baresi manteve 10 dos 11 titulares que venceram o clássico.
A única mudança foi a entrada de Marlos no lugar de Ilsinho, machucado.
Ricardo Oliveira, recuperado de tendinite, ficou no banco -entrou no intervalo, no lugar de Fernandão.
A utilização de Marlos e Lucas juntos deixava claro que Baresi apostava na velocidade. A tática deu certo aos 14min da primeira etapa, quando Marlos recebeu dentro da área, cortou a defesa e bateu cruzado para marcar.
Só que a partir daí o São Paulo recuou e passou a depender de contra-ataques. Com Lucas pouco inspirado, as chances eram raras.
O time do Morumbi também não se defendia bem. E o Guarani, pelas pontas, dava trabalho. Num desses lances pelos lados, o árbitro viu um agarrão de Miranda em Baiano. Pênalti que o próprio meia do Guarani converteu.
O São Paulo voltou do intervalo com atitude mais ofensiva. Até Ricardo Souto, escalado para ser um misto de terceiro zagueiro com lateral, passou a frequentar o campo de ataque.
A mudança de atitude foi recompensada. Não em uma jogada técnica, já que o futebol apresentado não era tão bom assim. Mas em um lance de sorte e oportunismo.
Aos 19min, o São Paulo teve escanteio. Após desvio, Dagoberto acertou a trave. A bola sobrou para Ricardo Oliveira, livre, só completar.
Em vantagem, a equipe da casa voltou a recuar e levou alguns sustos em saídas equivocadas de bola. Mas faltou qualidade ao Guarani. E assim, o Morumbi esqueceu por alguns minutos as dúvidas sobre seu futuro.

ANTES
Rodrigo Souto seria volante ou terceiro zagueiro, dependendo da escalação do Guarani

DURANTE
Como o Guarani escala um atacante, Souto vira lateral defensivo

DEPOIS
Quando o São Paulo precisa buscar o resultado, o jogador-curinga passa até a avançar e ajuda o ataque


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