São Paulo, domingo, 23 de outubro de 2005

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FUTEBOL

Mesmo com um atleta a mais no 2º tempo, time cede empate ao Fortaleza

Palmeiras tropeça no Ceará e perde chance de ser elite

DA REPORTAGEM LOCAL

Ironia de um campeonato de pontos corridos. O mesmo time que ocasionou a troca de técnicos do Palmeiras no primeiro turno ontem voltou a incomodar.
O Fortaleza, com um jogador a menos, buscou o empate em 1 a 1 e evitou que o time paulista voltasse a freqüentar a zona de classificação para a Libertadores-2006 -o já declarado único objetivo palmeirense neste Brasileiro.
Com o tropeço no Ceará, o Palmeiras apenas manteve a quinta colocação do Nacional, com 54 pontos, numa jornada em que poderia ter ultrapassado o Fluminense. Caso tivesse sustentado a vitória, a equipe do Parque Antarctica iria a 56 pontos e passaria o time carioca, que anteontem ficou no empate em 2 a 2 com o São Caetano e soma 55.
O resultado também frustrou -e dificultou- a expectativa do técnico Emerson Leão, que antes de ir a Fortaleza pregava que para obter a vaga na Libertadores o time precisará ganhar pelo menos 70% dos pontos nos dez jogos que lhe restavam no campeonato.
O Palmeiras iniciou o jogo com um problema que já o atingira no clássico da rodada anterior, contra o Corinthians: a ineficiência de seus laterais. Fabiano e Baiano pouco foram à frente. O lateral-esquerdo tentou apenas três cruzamentos, todos eles errados. Pela direita, duas bolas foram alçadas, mas Baiano só acertou uma.
Pelo lado de Baiano, a situação era ainda pior, pois o lateral, que segundo o técnico palmeirense recebera a última chance, não conseguia parar as investidas do Fortaleza pelo seu setor -Correa foi obrigado a ajudar por ali.
A equipe da casa concentrou seu ataque durante a primeira etapa naquele lado do campo, mas parou em seus erros de finalização. Nenhum dos oito chutes a gol que o Fortaleza tentou teve o endereço da meta de Marcos.
Já o Palmeiras, concentrando suas ações ofensivas pelo meio, preferia arriscar de fora da área. Dos nove chutes que o time do Parque Antarctica tentou no primeiro tempo, sete deles partiram de longa distância.
E foi dessa forma que, aos 41min, Juninho abriu o marcador. O meia tabelou com Marcinho na entrada da área e, de esquerda acertou o ângulo do gol de Bosco.
No segundo tempo o Palmeiras parecia que conseguiria levar o jogo em banho-maria até o final. Porém a expulsão do lateral Marquinhos, do Fortaleza, ironicamente mudou o panorama.
Com um jogador a mais, Leão resolveu mudar a disposição tática de seu time. Tirou Diego Souza, que além de marcar também chegava à frente para arriscar o arremate, e colocou Roger, mais um volante marcador, para proteger a defesa dos contra-ataques.
Porém a estratégia acabou dando ao Fortaleza espaços para encaixar o contragolpe. Isso porque o Palmeiras adiantou seu setor defensivo e abriu brechas para os lançamentos do rival, que acionavam seus rápidos atacantes.
Foi assim que, aos 32min, o Fortaleza chegou ao 1 a 1. Igor foi lançado, invadiu a área palmeirense e chutou. Marcos defendeu, mas no rebote Rinaldo cabeceou sem marcação para o gol vazio.
O Fortaleza ainda desperdiçou mais duas chances, sempre no contra-ataque, de virar.
Na quarta-feira o Palmeiras tenta a reabilitação no Parque Antarctica, diante do Figueirense.


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