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FUTEBOL
Ataque perde gols, defesa sofre pressão no final, mas time bate o Paraná por 1 a 0 e mantém vantagem na liderança
Corinthians triunfa do jeito mais difícil
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O ataque abusou de perder gols,
a defesa sofreu no fim e ficou a
impressão de que tudo poderia
ter sido mais tranqüilo na vitória
corintiana sobre o Paraná por 1 a
0, ontem, no Pacaembu.
Por mais que jogadores e comissão técnica não assumam, o Corinthians já joga e gosta de jogar
como favorito no Brasileiro, que
lidera com 66 pontos, seis à frente
do Goiás. Pode abrir nove se vencer o São Paulo no clássico de
amanhã, replay do jogo anulado
pelo Superior Tribunal de Justiça
Desportiva -foi arbitrado por
Edilson Pereira de Carvalho.
Só para começar, Tevez já deveria ter marcado nos minutos iniciais. Uma jogada de Nilmar pela
direita terminou em cruzamento
da linha de fundo. O argentino
surgiu no primeiro pau em velocidade e tocou de letra para fora.
Menos mal que, aos 14min, a
mesma dupla conseguiria o gol
corintiano. Nilmar recebeu e, já
dentro da área, chutou. O goleiro
Flávio fez defesa parcial, e a bola
sobrou para Tevez apenas completar. Era o 1 a 0, e o 13º tento do
argentino no Brasileiro.
Parecia realmente que o Corinthians iria golear, mas aí a equipe
de Antônio Lopes esbarrou no
problema que o próprio treinador
queria ver sanado: as falhas no
aproveitamento ofensivo.
Tanto que, das dez finalizações
que o time obteve contra o gol adversário no primeiro tempo, apenas quatro foram certas. A equipe
de Curitiba teve ainda mais dificuldades, com oito conclusões e
só uma certa, além de outra no
travessão, cabeceada por Aderaldo, segundo o Datafolha.
Desses números, o que mais impressiona é o jogo coletivo que o
Corinthians impõe. Não há na
equipe um gerente que monopolize a construção das jogadas.
Isso fica muito claro pelo número de bolas recebidas. Os meias
Rosinei e Roger e o atacante Nilmar receberam, cada um, 12 bolas, número que demonstra um
jogo de múltiplas opções.
A troca de passes rápidos e precisos gerou excelentes contragolpes. Não era difícil ver Tevez e Nilmar aparecendo em condições
claras de tentar o chute.
Luiz Carlos Barbieri voltou para
o segundo tempo em busca de
reações, tentando se aproveitar
do cansaço do Corinthians, devido ao excesso de jogos.
O técnico paranista promoveu a
segunda alteração, colocando Beto no lugar de Mário Cesar.
No primeiro tempo, já havia tirado Pierre, por contusão, para a
entrada de Mussamba. Antes da
metade do segundo tempo, o
meia Éder saiu para a entrada do
atacante Maicossuel.
Quando esse último entrou, Tevez e Roger já tinham perdido
grandes oportunidades. O argentino invadiu a área sozinho, após
deixar a marcação para trás, mas
teve a bola interceptada por Flávio quando tentou driblá-lo.
Já o meia obrigou o goleiro paranista a fazer excelente defesa,
em chute de fora da área. Apesar
da boa atuação, Roger acabou sacado na metade do segundo tempo, quando Lopes escalou Hugo
para dar mais gás ao time. Depois,
Coelho substituiu Eduardo na lateral direita.
Aos 36min, Nilmar perdeu uma
grande chance quando recebeu
um passe esticado de Hugo na
meia esquerda e avançou. Dentro
da área, o goleiro Flávio conseguiu travar o chute.
Foi aí que o Corinthians quase
foi castigado, mas Fábio Costa
conseguiu defender com os pés
uma bola de André Dias.
O goleiro foi ovacionado pelos
torcedores. No fim do jogo, o Paraná pressionava mais, tentando
principalmente as jogadas de bolas altas, mas a defesa corintiana
conseguiu segurar o placar.
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