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CBF fecha com banco e lucra com dólar
Valorização da moeda americana faz valor anual pago pelo Itaú à federação crescer 40% desde o início da negociação
Contrato vai até 2014 e renderá US$ 15 milhões anuais para a CBF, que já tem contratos com Vivo, AmBev, Nike e TAM
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
A escalada do dólar vai ajudar
o caixa da CBF. Ao anunciar ontem o Itaú como novo patrocinar da seleção brasileira, a entidade garantiu um reajuste de
cerca de 40% desde o início da
negociação até o fechamento
da operação ao dolarizar o contrato com o novo parceiro.
No acordo assinado ontem
na sede do banco, em São Paulo, a instituição financeira se
comprometeu a pagar US$ 15
milhões anuais, até 2014, aos
cofres da confederação presidida por Ricardo Teixeira.
Ontem, o valor da moeda
norte-americana subiu 6,67%,
fechando a R$ 2,38. Já em outubro de 2007, quando as negociação tiveram início, o dólar
chegou a ser cotado em R$ 1,70.
Pelo contrato, o banco terá
que pagar em real o valor do dólar nos dias combinados para
pagamento. De outubro do ano
passado até ontem, o contrato
pulou de R$ 25,5 milhões para
R$ 35,7 milhões. O Itaú pagará
semestralmente sua cota.
""Isso não é um problema [a
alta do dólar]. Somos uma instituição financeira e já estamos
acostumados", disse o vice-presidente do Itaú, Antônio Matias, ao ser questionado sobre a
utilização da moeda norte-americana como referência para o contrato. Até 2014, o banco
vai pagar cerca de US$ 105 milhões à confederação brasileira.
""O importante foi que entramos no futebol com o seu produto mais emblemático, que é a
seleção", acrescentou Matias.
No acordo, o banco vai estampar a sua marca no uniforme de treino de todas as seleções. A empresa também poderá utilizar a sua marca em campanhas publicitárias.
Depois de fechar a operação
com o Itaú, a CBF terá agora
quatro patrocinadores no uniforme. Os outros são Ambev,
Vivo e Nike. A TAM, responsável pelas viagens da seleção, é
parceira da entidade, mas não
tem lugar no uniforme.
A CBF negocia para acertar
com a Vivo um aumento na cota de patrocínio, que hoje é de
cerca de US$ 4 milhões anuais.
O Itaú começou a negociar
com a CBF na reta final da campanha brasileira para realizar a
Copa do Mundo de 2014. Em
outubro do ano passado, a Fifa
anunciou o país como anfitrião
do Mundial que sucederá o da
África do Sul. O Itaú investiu
cerca de R$ 1,5 milhão na campanha. ""Foi um projeto bem
mais baixo", disse Matias.
Com o apoio do presidente
da CBF, a instituição financeira
também negocia com a Fifa o
direito de ser a patrocinadora
oficial da Copa de 2014. A marca do banco já estará estampada no uniforme nos treinos para o amistoso contra Portugal,
no próximo mês, em Brasília.
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