São Paulo, sexta-feira, 23 de outubro de 2009

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Lesões derrubam pilares, e Palmeiras sente baque

Depois de perder Pierre e Maurício Ramos, time ficará sem Cleiton Xavier

Trio recebeu propostas para deixar o líder do Brasileiro no meio do ano, mas ficou; diretoria do clube se isenta de culpa em caso de fracasso

Cesar Greco/Fotoarena/Folhapress
Muricy Ramalho e Vagner Love, ontem, no CT do Palmeiras

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras gastou dinheiro e rejeitou propostas, a fim de segurar a base do time até o final do Campeonato Brasileiro. O investimento em gols, passes e assistências, no entanto, precisou ser direcionado aos anti- -inflamatórios e à fisioterapia.
Um a um, os pilares do elenco foram deixando o gramado direto para o departamento médico do clube. O último dessa lista é o meia Cleiton Xavier, principal armador da equipe.
Uma ressonância magnética realizada ontem de manhã apontou lesão muscular na coxa direita do camisa 10. O jogador ficará aproximadamente 30 dias afastado dos campos.
A contusão aconteceu ainda na etapa inicial do revés para o Santo André (2 a 0), anteontem, no Bruno José Daniel.
Se a previsão for confirmada, Cleiton Xavier perderá cinco das sete partidas que restam ao líder do campeonato. Ele só voltaria para as duas rodadas derradeiras, contra o Atlético- -MG e, depois, o Botafogo.
O meia foi um dos atletas bancados pelo Palmeiras e por sua parceira, a Traffic, durante as sondagens que se intensificaram na janela de transferências à Europa, em agosto.
No dia 5 daquele mês, o clube anunciou a permanência dos principais nomes, entre eles, Cleiton Xavier, Diego Souza e Pierre. No fim do mês, o Palmeiras ainda cobriu oferta do Standard Liège, da Bélgica, pelo zagueiro Maurício Ramos.
Coincidentemente, as peças mais valorizadas foram as atingidas pela maré de azar.
O único dos pilares que não trocou o campo pela maca foi Diego Souza. Em compensação, desde que foi chamado por Dunga para defender a seleção brasileira pelas eliminatórias, o jogador caiu de produção.
O primeiro a ir para o estaleiro foi o volante Pierre, que no início de setembro rompeu os ligamentos do tornozelo esquerdo durante um treino. Os médicos palmeirenses ainda tentam recuperá-lo a tempo de atuar neste Brasileiro, apesar de a possibilidade ser remota.
No final do mês passado, Maurício Ramos sentiu uma lesão aguda no púbis. A última apresentação dele foi contra o Atlético-PR, no dia 26, ocasião na qual deixou a partida. A expectativa é que ele só treine com bola em duas semanas.
"É uma coincidência grande. Não são lesões que vão deixar sequelas, mas sentimos pela situação do campeonato", afirmou o gerente de futebol do Palmeiras, Toninho Cecílio.
Ontem, com a notícia sobre Cleiton Xavier, era visível o abatimento dos cartolas e do técnico Muricy Ramalho.
Além de Toninho, o vice-presidente Gilberto Cipullo, homem forte do futebol do clube, acompanhou o treino da equipe reserva ao lado do treinador.
Cipullo deixou claro que a responsabilidade por um possível fiasco na competição não passa pelos cartolas.
"Fizemos tudo o que era possível. Seguramos jogadores, trouxemos reforços e trocamos um técnico de ponta por outro para ganhar o campeonato", afirmou o vice de futebol.


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