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São Paulo, domingo, 23 de novembro de 2003

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Noite de festa tem galinha e rimas bizarras

DO ENVIADO A GARANHUNS

Garanhuns parou para ver o Palmeiras passar. Era fim de tarde no agreste, e um mini-engarrafamento na rua que levava ao acanhado estádio Gigante do Agreste indicava que a noite seria de festa. O vermelho e o preto dominavam a paisagem.
Fora do estádio havia de tudo, até um comerciante que abordou a reportagem para tentar negociar uma galinha viva que carregava nas mãos.
Zé do Rádio, um boneco gigante símbolo da torcida rubro-negra, foi mais aplaudido que o próprio time da casa quando chegou ao estádio.
Dentro do Gigante, os torcedores não paravam de se provocar. "Ugem, ugem, ugem, o Leão tá com rabugem", gritavam os palmeirenses. Leão é o apelido do Sport. Rabugem, espécie de sarna. Os rubro-negros respondiam: "Mundiça, mundiça". Mundiça quer dizer ralé, mas também imundos, referência ao apelido de ""porco" do rival. A resposta era imediata: "1,2,3, mundiça são vocês".
Provocações à parte, boa parte dos palmeirenses de Garanhuns dizia estar vendo seu time pela primeira vez. Mas se era motivo de alegria, também servia para lamúrias. "Dói saber que eles nunca mais vêm jogar aqui", dizia a estudante Michele Borges, 18. (FM)


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