DA REPORTAGEM LOCAL

O Procon-SP vai a campo hoje checar se os estádios paulistas estão aptos a receber o torcedor como manda a lei. Três equipes do órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Cidadania do Estado vão fiscalizar a Vila Belmiro, o Morumbi e o Brinco de Ouro.
"Não terá brecha para ninguém. Nossos fiscais vão conferir o cumprimento de todos os artigos do Estatuto [do Torcedor]. Todos tiveram seis meses [desde a publicação do código] para se adaptar. Quem não fez o que deveria estará sujeito às penas previstas na lei", declarou Vinícius Zwarg, chefe de gabinete do Procon.
A diretoria do Santos, que recebe o Fluminense, e a do São Paulo, que enfrenta o Vitória no Morumbi, afirmaram que, mesmo com dificuldades, conseguiram adaptar seus estádios às novas regras que passaram a valer no último dia 15 -câmeras, numeração dos estádios e acesso para portadores de deficiência física.
Para tanto, são-paulinos e santistas precisaram contar com a terceirização do serviço de monitoramento eletrônico das arquibancadas e das catracas.
"Estamos tentando viabilizar parcerias para termos nosso próprio sistema no ano que vem", disse João Paulo Lopes, diretor de planejamento do São Paulo.
O Guarani deverá ter problemas com a fiscalização. Isso porque o clube não havia providenciado a numeração e o monitoramento do estádio até a última quarta-feira, quando recebeu a notícia de que o Procon não prorrogaria os prazos de fiscalização.
"Será impossível providenciar isso para já", disse na ocasião Norberto Seccacci, diretor do clube de Campinas, que esperava ter mais dois meses (até o início do Paulista) para se adaptar à lei.
Quem ganhou esse prazo foi o Grêmio. Pelo acordo firmado anteontem com o Procon-RS, a diretoria do clube terá um tempo extra -até o início do Campeonato Gaúcho- para adequar o estádio Olímpico ao Estatuto.


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