|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Vingança move reação do Brasil
Engasgado com a França, time bate Alemanha, lidera grupo e encara principais algozes no Mundial
EUA e Bulgária, que bateram pupilos de Bernardinho nos principais torneios de vôlei, testam recuperação do time brasileiro na segunda fase
DA REPORTAGEM LOCAL
Derrotas no meio de competições importantes que empurram o time para o título têm sido constantes na trajetória da
seleção masculina de vôlei.
No Mundial do Japão, a equipe já tropeçou. E não pode mais
se mostrar vulnerável.
O problema é que, na próxima fase, o time irá encarar seus
principais algozes nos últimos
anos -EUA e Bulgária.
São equipes que já derrotaram a seleção de Bernardinho
em grandes campeonatos. Diferentemente de outros encontros, porém, um novo tropeço
pode significar o encerramento
da luta pelo bicampeonato.
Ontem, o Brasil venceu a Alemanha por 3 sets a 0 (25/13,
25/21 e 25/22) e avançou como
líder de sua chave. O oponente
europeu era, até então, o único
time invicto do Grupo B.
Um de seus rivais será a Bulgária. Únicos invictos no grupo,
os búlgaros deram fim a uma
invencibilidade de mais de um
ano da equipe de Bernardinho
em agosto: cravaram 3 a 0 na
Liga Mundial. A seleção não
perdia por esse placar desde junho do ano passado.
Os EUA também se notabilizaram por vencer os brasileiros
em torneios importantes. Isso
ocorreu nas fases iniciais do
Mundial-2002, em Buenos Aires, e da Olimpíada-2004, em
Atenas. Nos dois casos, os brasileiros contornaram a crise e
levantaram o troféu.
"É assim que temos de jogar
no resto do campeonato [como
ontem]. Os jogadores estavam
com raiva na quadra. Temos jogado nos últimos seis anos dessa forma. Vamos enfrentar
grandes equipes na busca pelas
semifinais. Agora temos que
continuar crescendo na segunda fase e não podemos perder",
afirmou Bernardinho.
Os sustos dos últimos anos
mostram que o treinador tem
razão em pedir cautela, apesar
da excelente atuação. Os EUA
já deram uma dessas lições.
Na final da Copa América de
2005, em São Leopoldo (RS), a
seleção perdeu o título de um
torneio considerado fácil. Mais:
manteve o tabu de não ser campeã diante de sua torcida.
Bernardinho, entretanto,
acredita que a apresentação do
time contra os alemães marcou
de fato o início de uma reação.
Depois de perder da França,
os jogadores ficaram abatidos.
Não haviam ficado satisfeitos
nem com a vitoria sobre a Austrália, que veio em seguida.
A seleção, que vislumbra
crescer ainda mais durante o
campeonato, começa a buscar
suas quatro vitórias contra os
EUA no sábado. Depois, encara
República Tcheca, Itália e Bulgária em uma lista, teoricamente, crescente em dificuldade.
BRASIL - Ricardinho (3), Giba (11), Dante (17),
André Heller (11), Gustavo (4), André Nascimento (13), Escadinha; Marcelinho, Anderson
(1), Rodrigão;
ALEMANHA - Popp (5), Tischer, Andrae (4),
Hübner (8), Schops, Dehne (2), Kroger; Pampel
(11), Bergmann (5), Kromm, Siebeck
Texto Anterior: José Roberto Torero: Zé Cabala e o homem da salsicha Próximo Texto: Sem tempo, atletas fazem treino mental Índice
|