São Paulo, segunda-feira, 23 de novembro de 2009

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Flamenguistas vibram com triunfo dos "irmãos alvinegros" no Engenhão

FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO

Entre gritos e aplausos, centenas de torcedores comemoraram quando o árbitro apitou o final do jogo em que o Botafogo derrotou o São Paulo. Nenhum deles estava no Engenhão, muito menos torcia pelo alvinegro carioca.
Flamenguistas, quase todos vestindo camisas rubro-negras, estavam no trem metropolitano a caminho do Maracanã, no final da tarde de ontem. Pelo rádio, comemoraram o gol que selou a vitória botafoguense como se fosse o próprio título nacional.
"Pelo Mengão, torço por Vasco, Botafogo, Fluminense, por quem for", afirmou o vigia Jobson Ribeiro, 33, xará do botafoguense autor de dois gols contra o São Paulo.
O vendedor ambulante Mário Silva, 43, parou de anunciar a lata de cerveja a R$ 3 para acompanhar o grito de Ribeiro. "Este ano já é", disse.
No Maracanã, dezenas de milhares dos mais de 80 mil presentes acompanharam o jogo do Botafogo nas arquibancadas, vibrando com os gols dos atuais maiores rivais do Flamengo. No entorno do estádio, os flamenguistas exaltavam a vitória no Engenhão. "Sempre confiei nos irmãos alvinegros", provocava o administrador de empresas Hugo Pereira, 28. Na torcida rubro-negra no Maracanã, havia até gente com a camisa do Botafogo. Ao redor do estádio, torcedores rubro-negros distribuíam convites para uma caravana até Campinas, onde o Flamengo enfrenta o Corinthians no dia 29. A viagem, com almoço e ingresso incluídos, custava R$ 285.
No Engenhão, não havia torcedores rubro-negros uniformizados em grupos. Se foram ao estádio, permaneceram discretos. Os torcedores alvinegros não se importavam em ajudar o Flamengo. "Isso é consequência. Não podemos é ser rebaixados. Tomara que o Flamengo perca, mas, se for campeão, azar do São Paulo", disse o estudante universitário Gilson Almeida, 19, que se divertia entoando cântico em que afirmava que "praia de paulista é o Rio Tietê".
Para provocar o rival, Almeida gritava "vamos chamar o Zito" referindo-se ao prefeito de Duque de Caixas, que proibiu a realização de uma parada gay na cidade.


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