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Questão de defesa
Sem badalação , defesa do Fluminense é a menos vazada do Brasileiro e seus titulares ainda foram ao ataque para fazer 14 gols, contra 3 da zaga corintiana
Piervi Fonseca/Agif/Folhapress
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Gum comemora seu gol contra o São Paulo, anteontem
DE SÃO PAULO
Eles formam o setor menos
badalado do Fluminense, o
único clube que depende
apenas de seus resultados
para ganhar o Brasileiro
-basta vitórias contra o desinteressado Palmeiras e ante o desesperado Guarani nas
últimas duas rodadas.
Mas é a defesa o grande diferencial do time carioca.
Primeiro por fazer o mais
importante para quem joga
na posição. Comandado por
Muricy Ramalho, um especialista em sistemas defensivos, o Fluminense é o time
menos vazado do Nacional (é
o único com média inferior a
um gol sofrido por jogo).
E também por aparecer no
ataque para fazer gols.
Juntos, os titulares da zaga
tricolor somam 14 gols. Foram cinco do zagueiro Leandro Euzébio, quatro de Gum,
também zagueiro, três do lateral-direito Mariano e outros
dois do lateral-esquerdo Carlinhos. Esses quatro respondem por 24% do artilharia total do time das Laranjeiras.
A comparação com a zaga
do vice-líder Corinthians é
cruel para o time paulista.
O time do Parque São Jorge
tem só a quinta retaguarda
menos vazada. E sua zaga titular, mesmo com especialistas em lances de bola parada,
casos de Chicão e Roberto
Carlos, soma míseros três
gols neste Brasileiro, ou só
5% do total de tentos do time.
Com o dinheiro farto da
sua parceira, a Unimed, o
Fluminense investiu pesado
em meias e atacantes famosos, como Deco, Conca, Fred
e Émerson. Na hora de montar a defesa, que começou jogando o Brasileiro no 3-5-2 e
hoje atua no 4-4-2, o clube foi
bem mais econômico.
Os defensores titulares do
clube chegaram de equipes
médias. Gum, 24, defendia a
Ponte Preta, onde tinha a
mesma habilidade para fazer
gols de cabeça como o que
marcou contra o São Paulo,
anteontem. Seu parceiro
Leandro Euzébio, 29, era
atleta do Goiás até 2009.
Entre os quatro defensores
titulares, Mariano, 24, é o que
está há mais tempo no clube.
Mas nunca mostrou a mesma
aptidão pelo ataque como
agora. Tanto que ele já foi até
convocado para servir a seleção brasileira.
Na lateral esquerda, Carlinhos, 23, fez parte do time do
Santo André que surpreendeu no Campeonato Paulista
durante o primeiro semestre,
quando foi batido pelo Santos de Neymar na final.
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