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VÔLEI
O desafio
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Faltam seis rodadas para o
fim da fase de classificação da
Superliga e a grande pergunta é a
seguinte: será que alguma equipe
vai conseguir vencer o Rio de Janeiro? Em dez jogos, o time de
Fernanda Venturini é o único invicto: perdeu apenas três sets.
O Osasco, que teria mais condições de derrotar o Rio, ainda não
conseguiu acertar a levantadora.
Você sabe: um grande time começa por uma grande levantadora. E esse é o maior diferencial da
equipe carioca. Fofão, a única
brasileira nessa posição que poderia rivalizar com Fernanda, está
na Itália. Ficou um torneio só de
uma grande levantadora. O time
ainda pode até dar uma vacilada,
que faz parte do jogo, mas dificilmente perderá o título.
Está certo que o Rio de Janeiro,
além de ter Bernardinho como
técnico, está com um time redondinho e com dois grandes destaques: a ponteira Sassá, com uma
regularidade impressionante, e a
central Fabiana, que, a cada jogo
mais segura, está dando show no
meio. Fabiana, 20 anos e 1,93 m,
tem aquele biótipo de cubana que
tanto faz falta ao vôlei brasileiro.
Mas nas últimas rodadas a surpresa está sendo mesmo o valente
Pinheiros. O clube tem tradição
de formar equipes com muito volume de jogo. É o chamado time
chato de se enfrentar: a bola demora a cair no chão. As atacantes
adversárias têm que ter paciência. E o time desta temporada, dirigido por Cláudio Pinheiro, segue essa característica.
A equipe tem Michelle, uma líbero esforçada. Para melhorar, o
técnico escolheu uma levantadora habilidosa, Fernandinha. Outro destaque é a ponteira e revelação Mari Hellen.
Quem acompanhou o jogo de
sábado contra o Minas viu uma
grande apresentação de Mari Hellen, 21 anos e 1,78 m. Apesar de
um tanto baixa para os atuais padrões do vôlei, ela compensa essa
desvantagem com muita impulsão. Na vitória por 3 sets a 2 sobre
o Minas, a senha era bola para
Mari Hellen. Ela fez 31 pontos e,
merecidamente, foi eleita a melhor jogadora em quadra.
Com o resultado positivo sobre
o Minas, o Pinheiros conseguiu
uma surpreendente seqüência de
quatro vitórias sobre algumas
equipes consideradas favoritas. O
time superou o Osasco, que só tinha perdido para o Rio de Janeiro. Depois, derrotou a equipe de
Brasília, comandada por Wil-liam, e, em seguida, Campos.
No Campeonato Italiano, a surpresa é o Modena, de Ricardinho,
Dante e Felipe Chupita. O time,
dirigido por Júlio Velasco, não
consegue se acertar: está em 11º
lugar com cinco vitórias em 15 jogos. Velasco diz que a turma está
insegura pelos maus resultados.
Hoje, o adversário é o Trentino.
Na última rodada, a derrota para
o Perugia, por 3 sets a 0, em casa,
provocou uma crise.
As vaias e os gritos da torcida irritaram Chupita, que acabou respondendo com gestos nada educados e qualificados pela imprensa italiana como "nunca antes
vistos no ginásio de Modena". Resultado: Chupita foi multado pelo
clube e teve que pedir desculpas
ao público, por ordem dos dirigentes, em entrevista coletiva, na
última terça-feira.
Europeu 1
O Treviso, de Gustavo, e o Piacenza, de Anderson e Escadinha, estão
na segunda fase da Liga dos Campeões da Europa, que reúne 12 times. Os próximos jogos foram definidos por sorteio. O Sisley jogará
com o Vienna. Se vencer, pegará o vencedor do duelo russo Dínamo
x Lokomotiv. Já o Piacenza terá pela frente o Tours (FRA). Se levar a
melhor, pegará Berlim ou Paris. As finais serão em março, na Grécia.
Europeu 2
Quem também pode festejar é o Tenerife (ESP), dirigido por Chico
dos Santos, auxiliar de Bernardinho na seleção. O time bateu o Azerrail Bazu, do Azerbaijão, (3 a 0) e está nas finais da Liga dos Campeões da Europa. Já estão classificados: Tenerife, Bazu, Novara e o
Bergamo, (ITA), e o Cannes (FRA), time de Pirv, mulher de Giba.
E-mail cidasan@uol.com.br
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