São Paulo, segunda-feira, 24 de março de 2008

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Mesmo mal, Corinthians ganha

Time pouco produz diante do lanterna Rio Claro, mas segue no grupo de classificados às semifinais

Corinthians 1
Rio Claro 0

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Herrera entrou na área, bateu cruzado e só não marcou graças à defesa do goleiro Gilson. O lance ouriçou a torcida. Era o primeiro mais agudo do time no segundo tempo. A cinco minutos do fim do jogo.
Reflexo de um jogo em que faltou futebol ao Corinthians, nas palavras dos próprios jogadores, mas sobrou sorte. Resultado final: vitória magra.
Sorte de Dentinho, que aproveitou lance bisonho da zaga do Rio Claro para fazer o único gol do jogo, mas que rendeu à equipe do Parque São Jorge três pontos que lhe seguraram na zona de classificação para as semifinais do Paulista.
Com o triunfo sobre o lanterna Rio Claro, o Corinthians se manteve em quarto lugar, com 30 pontos, a apenas três rodadas para o fim da primeira fase.
Mas, se o futebol mostrado ontem no Morumbi foi suficiente para derrotar o pior time do Paulista, não foi satisfatório nem mesmo para quem jogou pelo time alvinegro.
"Temos que melhorar porque temos pretensões mais fortes. Não podemos apresentar o futebol que mostramos hoje [ontem]", disse o zagueiro William. "Não encaixamos o jogo direito. Não jogamos com desenvoltura", afirmou o volante Perdigão. "Foi um dos nossos piores jogos neste ano. Ainda bem que veio a vitória", declarou o goleiro Felipe, para em seguida resumir o sentimento provocado pela má atuação que terminou com bom resultado. "É melhor jogar mal e vencer do que bem e não conseguir."
O técnico Mano Menezes foi irônico, apesar de admitir a má atuação. "Futebol é assim. A gente tem que estar preparado. Mas nós sabíamos que nossa equipe seria capaz de conseguir resultados. E pelo jeito estamos fazendo isso bem, já que estamos entre os quatro primeiros, onde todos querem estar."
O Corinthians até que entrou em campo com proposta mais ofensiva do que a de costume.
Mano optou por um meio-campo mais leve, com apenas um volante, Fabinho. Deu mais uma chance para Marcel e Héverton tentarem justificar a confiança do treinador neles.
Mas não foi dessa vez que isso aconteceu. Héverton esgotou a paciência de Mano. Sem armar uma só jogada perigosa, saiu de campo no intervalo, para a entrada de Perdigão.
Já Marcel irritou outros espectadores. Se conseguiu contentar o técnico a ponto de não ser substituído, o camisa 11 foi alvo dos apupos da torcida. A cada passe errado e chute mal desferido, o meia era vaiado.
Outro que decepcionou foi Acosta. O uruguaio foi escalado como titular. Roubou a vaga de Herrera. Mas não justificou a aposta de Mano. Deixou o campo machucado, quando a torcida já pedia o argentino.
Dentinho também não jogou bem. Mas foi dele o lance que transformou um eventual fracasso numa vitória importante para as pretensões do time.
Aos 32min, ele aproveitou vacilada do zagueiro Dão, que deixou a bola quicar e sair do controle. O atacante tomou a frente na jogada, invadiu a área e bateu rasteiro. Foi o suficiente para que o Corinthians vá na próxima rodada à Vila Belmiro, local do clássico com o Santos, com um triunfo na bagagem.


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