São Paulo, segunda-feira, 24 de abril de 2006 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL Com reservas, time leva 1 a 0 do Fortaleza e preserva tradição de arranques lentos no Brasileiro por pontos corridos São Paulo perde no Ceará e mantém sina
DA REPORTAGEM LOCAL Dois jogos, mas nunca duas vitórias e seis pontos. Poupando sete titulares para o duelo contra o Palmeiras na Libertadores, o São Paulo perdeu ontem por 1 a 0 para o Fortaleza fora de casa e manteve seu histórico de iniciar devagar um Brasileiro de pontos corridos. Desde que o sistema foi implantado, em 2003, a equipe do Morumbi conseguiu como melhor performance uma vitória e um empate nas duas primeiras rodadas da competição, em 2004. Neste ano, os únicos três pontos são os do 1 a 0 sobre o Flamengo, na abertura da competição. Derrotado na primeira rodada pelo Botafogo, o Fortaleza estreou o técnico Márcio Bittencourt, que sacou quatro titulares e deu novo ânimo ao time. E deixou o treinador Muricy Ramalho aflito com seu trio defensivo: setor justamente onde ele menos improvisou para a partida. Os poupados ontem em Fortaleza foram Danilo, Josué, Mineiro, Souza, André Dias, Júnior e Thiago. Aos 20min, o meia-atacante Igor foi lançado em velocidade e cruzou para a área, encontrando a segunda trave e o certeiro cabeceio de Finazzi, forte, no chão, no fundo da rede de Rogério. Foi o primeiro gol sofrido pela defesa do São Paulo após quatro partidas de invencibilidade (uma pelo Paulista, duas pela Libertadores e uma pelo Brasileiro). E o gol do primeiro tempo poderia facilmente se multiplicar. Mais perigoso, o Fortaleza dominava fácil a lentidão são-paulina e ameaçava as balizas de Rogério de diversas maneiras -mas nenhuma delas com contundência suficiente para ampliar. Na única chance real que teve no primeiro tempo, o São Paulo quase fez: o atacante Lima, livre no meio da área, cabeceou na trave do goleiro Maizena, aos 34min. O zagueiro Fabão, um dos mais exigidos e criticados por Muricy na beira do gramado, não demonstrou preocupação com o desempenho do time. "Precisamos só de mais calma para finalizar." No segundo tempo, com o volante Alê no lugar de Denílson, o São Paulo cresceu. E, em dez minutos, assustou mais o rival do que no primeiro tempo inteiro. Aos 6min, Rogério fez Maizena voar para espalmar difícil cobrança de falta. Pouco depois, Alex Dias chutou, e o goleiro do Fortaleza voltou a fazer boa intervenção. No rebote, Ramalho, impedido, cabeceou para o gol, anulado pela arbitragem. Se o São Paulo não reclamou, o Fortaleza, na seqüência, sim, pedindo pênalti no puxão de Lugano em Finazzi. O árbitro mandou seguir. Minutos depois, foi a vez de o São Paulo, ainda melhor na partida, protestar contra a não marcação de uma nova penalidade. Rogério e Alex Dias voltaram a oferecer perigo ao experiente goleiro Maizena, 38, um dos destaques de sua equipe. O time do Morumbi foi esfriado por um incidente envolvendo o ala-esquerdo Mazinho Lima, atingido na cabeça por um sinalizador atirado por torcedores. Minutos depois, ele voltou a campo, com queimaduras leves na testa. O São Paulo fez sua tentativa derradeira ao trocar o zagueiro Edcarlos pelo meia Rodrigo Fabri, sem surtir efeitos. O time de Muricy volta suas atenções ao Brasileiro no sábado: pegará o Santa Cruz no Morumbi. Texto Anterior: Árbitro recebe elogio de Luxemburgo Próximo Texto: Para jogadores, juiz e retranca causaram revés Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |