São Paulo, segunda-feira, 24 de abril de 2006

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VÔLEI

Hora da despedida

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

Uma interrogação ronda as finais da Superliga.
No masculino, tudo indicava que o Florianópolis, depois da grande vitória em Belo Horizonte, já seria campeão no sábado, em casa. O Minas contrariou a lógica e levou à decisão para o quinto jogo. No feminino, o Rio de Janeiro está a uma vitória da conquista do título.
A final masculina é uma das mais estranhas das últimas temporadas. Com exceção do terceiro jogo, que foi bem equilibrado, os outros foram dominados por um time só. Na primeira e na quarta partida, disputada anteontem, só o Minas jogou. No segundo confronto, foi a vez do Florianópolis.
Difícil entender o que ocorreu no sábado com o time de SC.
A equipe, com o apoio da torcida que lotou o ginásio, começou bem o primeiro set: chegou a ter vantagem de 20/15, depois 24/22, mas acabou perdendo, de virada, por 26/24. A derrota desequilibrou a turma.
Nos dois sets seguintes, o Minas, com um saque poderoso e contando com o atacante Dentinho inspirado, dominou o jogo.
O Florianópolis não conseguia ter boa recepção nem jogar com velocidade e muito menos acertar o saque. Resultado: vitória rapidinha do Minas por 3 sets a 0.
É complicado fazer qualquer prognóstico para o quinto e último duelo da série, marcado para o sábado, em Belo Horizonte.
O ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte, vai lotar. Teoricamente, a vantagem é do clube mineiro. Mas o Florianópolis foi derrotado no sábado em casa, e o Minas já perdeu um jogo no Mineirinho nesse mata-mata.
Tecnicamente os dois times se equivalem. O que tem feito a diferença é o lado emocional. Quem tem conseguido controlar a cabeça, tem levado a melhor. Nesse caso, talvez jogar longe da torcida, mais distante da pressão, pode ser uma vantagem importante.
No feminino, o último duelo, o terceiro da série de cinco, foi o mais tranqüilo. O Rio de Janeiro venceu por 3 sets a 1 e já pode ser campeão na quarta-feira se vencer novamente o Osasco, em Barueri. Caso contrário, a decisão irá para o quinto jogo, em Niterói.
Desde a gravidez de Paula Pequeno, o Osasco vem sofrendo com suas ponteiras.
No primeiro e, depois, no segundo confronto, a equipe conseguiu surpreender com as entradas de Soninha e da juvenil Mariana. Mas, no sábado, nem Soninha, que passou a ser um dos destaques do time, se salvou.
O maior problema do Osasco são os erros de ataques e, principalmente, de contra-ataques. Mari, Bia e a norte-americana Monique Adams não estão colocando as bolas no chão.
As bolas de segurança no ataque passaram a ser as da central Carol Gattaz, a jogadora mais eficiente do time paulista.
O Rio de Janeiro está com um time mais equilibrado. Os amantes do vôlei devem ficar com os olhos bem abertos: Fernanda Venturini se despede das quadras na quarta-feira ou no fim de semana, caso tenha o quinto jogo.
É a última chance de ver a melhor levantadora da história do vôlei brasileiro em ação.

Italiano 1
O Pesaro, da brasileira Sheila, está fora da final do Campeonato Italiano. O time foi eliminado pelo Jesi ao perder a terceira partida da série de cinco por 3 sets a 1 (25/17, 20/25, 28/26 e 25/18). O destaque do Jesi mais uma vez foi a russa Lioubov Sokolova Kilic. Na final, a equipe vai enfrentar o Bergamo, que garantiu a classificação ao derrotar o Novara por 3 sets a 0 no terceiro jogo.

Italiano 2
O Treviso, do central Gustavo, venceu o Trentino, de André Nascimento e André Heller, por 3 sets a 0 (26/24, 25/17 e 25/22) no primeiro jogo da série de cinco das semifinais do Campeonato Italiano. Na outra semifinal, o Macerata, do central Rodrigão, derrotou o Cuneo, de Giba e Anderson, por 3 sets a 1 (24/26, 25/17, 28/26 e 25/20).


E-mail - cidasan@uol.com.br

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