São Paulo, segunda-feira, 24 de abril de 2006

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Jurista da Fifa não crê na "moda" penal

DA REPORTAGEM LOCAL

A Fifa repudia ações de clubes na Justiça comum e costuma ameaçar essa conduta até com a desfiliação. Mas casos como o de Didulica não têm a mesma restrição dentro da entidade.
"Por conta própria, a Fifa não leva infrações para fora do âmbito desportivo. Mas não se manifesta nem a favor nem contra situações como essa", diz o advogado Paulo Rogério Amoretty, um dos dois brasileiros da câmara de soluções de disputas judiciais da Fifa.
Segundo o especialista, dificilmente o precedente será internacional. "Ocorrências de agressões entre atletas, sem nenhuma ligação com o futebol, são cada vez mais raras atualmente. Ainda mais com tantas câmeras de TV durante os 90 minutos."
Se o caso de Didulica tivesse acontecido no Brasil, ele também estaria sujeito a processo penal.
"O futebol é regido por "leis esportivas", as regras, mas as legislações civil e criminal também valem em campo. Se um atleta comete um crime num jogo, pode ser punido como se fosse na rua", diz o vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo, Gustavo Oliveira, lembrando acusações de racismo contra os zagueiros Antônio Carlos (Juventude) e Desábato (Quilmes).
Ele pondera, porém, que é mais difícil caracterizar uma falta como infração criminal do que ofensas racistas. "Mas, no caso do goleiro croata, a própria conduta posterior do acusado, comemorando e autografando fotos do lance, mostra que sua intenção era agredir o rival." (LF E MDA)


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