|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Jurista da Fifa não crê na "moda" penal
DA REPORTAGEM LOCAL
A Fifa repudia ações de clubes
na Justiça comum e costuma
ameaçar essa conduta até com a
desfiliação. Mas casos como o de
Didulica não têm a mesma restrição dentro da entidade.
"Por conta própria, a Fifa não
leva infrações para fora do âmbito
desportivo. Mas não se manifesta
nem a favor nem contra situações
como essa", diz o advogado Paulo
Rogério Amoretty, um dos dois
brasileiros da câmara de soluções
de disputas judiciais da Fifa.
Segundo o especialista, dificilmente o precedente será internacional. "Ocorrências de agressões
entre atletas, sem nenhuma ligação com o futebol, são cada vez
mais raras atualmente. Ainda
mais com tantas câmeras de TV
durante os 90 minutos."
Se o caso de Didulica tivesse
acontecido no Brasil, ele também
estaria sujeito a processo penal.
"O futebol é regido por "leis esportivas", as regras, mas as legislações civil e criminal também valem em campo. Se um atleta comete um crime num jogo, pode
ser punido como se fosse na rua",
diz o vice-presidente do Instituto
Brasileiro de Direito Desportivo,
Gustavo Oliveira, lembrando acusações de racismo contra os zagueiros Antônio Carlos (Juventude) e Desábato (Quilmes).
Ele pondera, porém, que é mais
difícil caracterizar uma falta como
infração criminal do que ofensas
racistas. "Mas, no caso do goleiro
croata, a própria conduta posterior do acusado, comemorando e
autografando fotos do lance,
mostra que sua intenção era agredir o rival."
(LF E MDA)
Texto Anterior: Saiba mais: Clássico vive clima de paz pela 1ª vez após fúria de fãs Próximo Texto: Vôlei - Cida Santos: Hora da despedida Índice
|