São Paulo, quinta-feira, 24 de abril de 2008

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Rogério se recupera, e São Paulo é 1º do grupo

Time é pressionado por colombianos, mas vence com boa atuação de seu capitão

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
O zagueiro Alex Silva festeja após marcar, de cabeça, o gol da vitória do São Paulo sobre o Nacional

São Paulo 1
Nacional 0

DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo teve diante do Nacional de Medellín uma tarefa dificílima no Morumbi. Mesmo sem precisar -o Sportivo Luqueño já havia despachado o Audax-, a equipe venceu os colombianos e ficou no primeiro lugar do Grupo 7.
O time verde da Colômbia foi ousado o suficiente para não sentir nenhuma pressão, como seria costume no Morumbi. E poderia ter saído do estádio com um empate pelas excelentes chances que teve.
Coube a Rogério, vilão do 2 a 0 do último domingo ao falhar no gol de Léo Lima, ser herói e segurar o resultado de vitória. Com frieza e elasticidade, o goleiro são-paulino fez uma de suas melhores atuações no ano.
"Toda derrota traz desânimo, traz cabeça baixa, mas não tem que baixar a cabeça. Se estamos passando por um momento ruim, é porque há espaço para melhorar", afirmou o capitão.
Como Muricy esperava, o rival não se entrincheirou. Tentou sair para o jogo, liderado pelo atacante Villagra, e aos 10min conseguiu o primeiro lance de perigo no Morumbi. Passando pelas costas da defesa, Galván recebeu lançamento e tocou na cara de Rogério, que defendeu abafando e completou chutando para longe.
Ainda no primeiro tempo, Córdoba teria outra grande chance, após driblar Rogério, mas acabou desarmado. Em outro lance de perigo, Martinez avançou pela esquerda e chutou; o capitão são-paulino -que se redimia de atuação desastrosa no 2 a 0 para o Palmeiras- espalmou.
Aos 39min, Jorge Wagner pegou rebote pela esquerda e cruzou. Alex Silva cabeceou firme no ângulo, sem defesa para Ospina, dando mais sabor à festa. Foi o gol de número 200 do São Paulo na sua história na Taça Libertadores.
Além da honra do feito, foi um alívio para o zagueiro, que havia perdido uma grande chance na pequena área, em rebote de cabeçada de Adriano.
O segundo tempo começou com Miranda retornando com a cabeça enfaixada após um corte e com belíssima defesa de Rogério em chute de Zúñiga, que buscou o ângulo esquerdo.
A pressão do Nacional era forte, e Muricy reclamava que seu time não valorizava a posse de bola, dando ao adversário o controle da partida. E, na melhor chance que teve de resolver a partida, Adriano teve um obstáculo em Ospina.
Após um chute cruzado, o Imperador completou com um toque rasteiro no canto direito, mas o goleiro se lançou num reflexo e impediu o segundo.
Pressionado, o São Paulo mexeu. Aos 15min, André Dias sentiu a perna e deu vaga ao lateral Éder, o que modificava o esquema de Muricy -do 3-5-2 para o 4-4-2. Aos 23min, Borges deu lugar a Dagoberto, mas era o Nacional quem levava mais perigo, incentivado pelo técnico Óscar Quintabani.
E os colombianos quase conseguiram o empate. Após cobrança de falta de longa distância, Rogério deu rebote, e Díaz completou para o gol vazio. Mas o árbitro Carlos Torres assinalou impedimento.
Aos 41min, novamente o Nacional dava mostras de que não estava morto. Richarlyson perdeu a bola, e Valencia invadiu a área. O chute, mais uma vez, parou em Rogério. Com o apito final de Carlos Torres, a Libertadores não só manteve um favorito como ganhou um time renascido.0 (MÁRVIO DOS ANJOS)


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