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TJD decide hoje se faz denúnica no caso do gás
DA REPORTAGEM LOCAL
O Tribunal de Justiça Desportiva decide hoje se irá fazer
a denúncia sobre o lançamento
de gás no vestiário são-paulino
no Parque Antarctica no último
domingo. O maior problema
para isso, segundo o procurador do tribunal Antônio Carlos
Meccia, é saber quem denunciar. "Seria muito fácil fazer,
mas não posso fazer isso vagamente", declarou ele.
Ontem, Meccia ouviu testemunhas que estiveram no vestiário no clássico de domingo.
Prestaram depoimento o tenente-coronel Carlos Botelho,
o chefe de fiscalização da federação, Dárcio Marques, o ouvidor da FPF, Edson Ramos, e o
chefe da segurança do Palmeiras, Izildo Feres. Hoje prestará
depoimento Roberto Cicivizo,
vice da FPF que no dia do clássico coordenou o Jecrim, juizado que funcionava no estádio.
O São Paulo, que entrou com
representação pedindo punição ao Palmeiras, mandou à
FPF o gerente José Carlos dos
Santos e o advogado Roberto
Armelin. "Vamos até o fim com
essa história", disse Dos Santos.
Laudo feito pela Polícia
Científica, e que só deve ficar
pronto em 30 dias, apontou que
provavelmente o gás não foi
lançado de fora para dentro do
vestiário. "Se não foi de fora para dentro, entende-se que não
foi ninguém do Palmeiras", disse o procurador do TJD.
Os palmeirenses desconfiam
de armação são-paulina, que
consideram a tese "absurda". O
presidente da FPF, Marco Polo
Del Nero, afirmou anteontem
que, de acordo com o Código
Brasileiro de Justiça Desportiva, o Palmeiras tem "responsabilidade objetiva" sobre o fato.
Meccia e o presidente do
TJD, Edmo João Gela, não concordaram com Del Nero. "Evidente que meu tribunal teria o
interesse de julgar isso imediatamente, mas não adianta se
precipitar e fazer um julgamento indevido", afirmou Gela.
Em mais um round da luta
entre os clubes, o São Paulo
pretende evitar que o Parque
Antarctica seja utilizado pela
30ª rodada do Brasileiro deste
ano. Na tabela da CBF, o jogo
entre Palmeiras (mandante) e
São Paulo é o único em que ainda não há local definido.
O presidente Juvenal Juvêncio disse à Folha que lutará
"até o fim" para que o clássico
não seja no estádio palmeirense. A diretoria do Palmeiras diz
que tem até dez dias antes do
jogo para indicar o local. Não
tem pressa para fazê-lo, mas já
escolheu o Parque Antarctica.
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