São Paulo, quinta-feira, 24 de abril de 2008

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TJD decide hoje se faz denúnica no caso do gás

DA REPORTAGEM LOCAL

O Tribunal de Justiça Desportiva decide hoje se irá fazer a denúncia sobre o lançamento de gás no vestiário são-paulino no Parque Antarctica no último domingo. O maior problema para isso, segundo o procurador do tribunal Antônio Carlos Meccia, é saber quem denunciar. "Seria muito fácil fazer, mas não posso fazer isso vagamente", declarou ele.
Ontem, Meccia ouviu testemunhas que estiveram no vestiário no clássico de domingo. Prestaram depoimento o tenente-coronel Carlos Botelho, o chefe de fiscalização da federação, Dárcio Marques, o ouvidor da FPF, Edson Ramos, e o chefe da segurança do Palmeiras, Izildo Feres. Hoje prestará depoimento Roberto Cicivizo, vice da FPF que no dia do clássico coordenou o Jecrim, juizado que funcionava no estádio.
O São Paulo, que entrou com representação pedindo punição ao Palmeiras, mandou à FPF o gerente José Carlos dos Santos e o advogado Roberto Armelin. "Vamos até o fim com essa história", disse Dos Santos.
Laudo feito pela Polícia Científica, e que só deve ficar pronto em 30 dias, apontou que provavelmente o gás não foi lançado de fora para dentro do vestiário. "Se não foi de fora para dentro, entende-se que não foi ninguém do Palmeiras", disse o procurador do TJD.
Os palmeirenses desconfiam de armação são-paulina, que consideram a tese "absurda". O presidente da FPF, Marco Polo Del Nero, afirmou anteontem que, de acordo com o Código Brasileiro de Justiça Desportiva, o Palmeiras tem "responsabilidade objetiva" sobre o fato.
Meccia e o presidente do TJD, Edmo João Gela, não concordaram com Del Nero. "Evidente que meu tribunal teria o interesse de julgar isso imediatamente, mas não adianta se precipitar e fazer um julgamento indevido", afirmou Gela.
Em mais um round da luta entre os clubes, o São Paulo pretende evitar que o Parque Antarctica seja utilizado pela 30ª rodada do Brasileiro deste ano. Na tabela da CBF, o jogo entre Palmeiras (mandante) e São Paulo é o único em que ainda não há local definido.
O presidente Juvenal Juvêncio disse à Folha que lutará "até o fim" para que o clássico não seja no estádio palmeirense. A diretoria do Palmeiras diz que tem até dez dias antes do jogo para indicar o local. Não tem pressa para fazê-lo, mas já escolheu o Parque Antarctica.


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