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Time que Brasil pegará na estreia é formado por funcionários públicos
DO ENVIADO A PYONGYANG
O adversário da seleção de
Dunga na estreia será um time
formado na maioria por funcionários públicos que dividem
parte do tempo entre o trabalho e a paixão por jogar futebol.
A última vez que o Brasil encarou um rival semiamador em
Copas foi em 82. Na ocasião,
goleou a Nova Zelândia (4 a 0).
Com exceção dos que atuam
no exterior, no máximo quatro,
os norte-coreanos não conseguem viver só do esporte e estão longe de receber os salários
dos convocados por Dunga.
O time norte-coreano que
mais cederá atletas para a Copa
da África do Sul é o 25 de Abril.
Representa o Exército local,
força que mantém o regime comunista há mais de meio século. O governo não permitiu que
a reportagem fizesse uma visita
ao clube. Pouco se sabe no
mundo sobre seus jogadores.
Apenas que quase todos atuam
ou atuaram na seleção local.
Um quinto (ou 20%) da população masculina entre 17 e 52
anos é empregada pelo Exército. Seu time já venceu mais de
dez vezes a liga norte-coreana.
Assim como o 25 de Abril, os
outros clubes do país constituem um braço do poder. Todos vivem dos subsídios estatais e disputam um campeonato semiprofissional.
O futebol é dividido em duas
temporadas. Nenhuma equipe
disputa torneios internacionais
já que os times não respeitam
as regras de transferência.
Um dos destaques do país é
Choe Myong-ho, atração no
Mundial sub-17 de 2005. Suas
boas atuações lhe renderam o
título de "melhor jovem jogador da Ásia" e o apelido, em seu
país, de "Cristiano Ronaldo
norte-coreano". Fora dos últimos jogos das eliminatórias, ele
não está confirmado na Copa.
Já o "zanichi" (descendente
de norte-coreano nascido no
Japão) Jong Tae-se é o principal nome do time. Nascido em
Nagoya e filho de sul-coreanos,
pediu recentemente a nacionalidade norte-coreana. Seus estudos no Japão foram em escolas subsidiadas pelo governo da
Coreia do Norte.
(SR)
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