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FUTEBOL
Medida é adotada por nutricionista para dar "toque familiar" à comida
Seleção leva um cozinheiro,
feijão e farinha para a Ásia
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
A seleção brasileira se prepara
em Tóquio, no Japão, para a disputa da Copa das Confederações
com um reforço na cozinha.
Para evitar que os jogadores tenham problemas com a culinária
oriental, um cozinheiro brasileiro
acompanhará a delegação até o final da competição, que, a partir
do dia 30, vai ser realizada no Japão e na Coréia do Sul.
O cozinheiro, cujo nome a CBF
(Confederação Brasileira de Futebol) não divulgou, será o responsável pela preparação de todas as
refeições dos jogadores e da comissão técnica durante o período
de disputa do torneio.
Além de contar com um cozinheiro brasileiro, a delegação levou cerca de 100 kg de feijão preto
e de farinha branca nacional.
""O feijão e a farinha, que não
encontramos no Japão, servirão
apenas para que os jogadores tenham uma comida mais familiar.
O cozinheiro está trabalhando para dar um toque mais brasileiro
na comida", disse a nutricionista
da seleção brasileira, Sílvia Ferreira, que não viajou para a Ásia.
A alimentação é um dos principais problemas enfrentados fora
de campo pelos atletas brasileiros
em competições disputadas no
continente asiático.
Alguns jogadores não conseguem se adaptar à culinária oriental e perdem bastante peso.
Antes de embarcar, vários jogadores já temiam ter dificuldades
para comer pratos típicos.
Na Coréia do Sul, a carne de cachorro é consumida pela população. Além disso, os coreanos
apreciam temperos apimentados.
A culinária japonesa é temida por
alguns atletas da seleção, que não
gostam de frutos do mar crus, característica gastronômica do país.
Apesar da quantidade de feijão
levada pela CBF para a Ásia, a nutricionista da seleção disse que
não haverá feijoadas nos dias de
folga dos jogadores.
Sílvia, que é nutricionista do
Flamengo, foi contratada em
março para trabalhar com Emerson Leão, técnico da seleção.
Sílvia ocupa um dos cargos mais
polêmicos da seleção. Desde 1994,
a CBF não contratava uma nutricionista para o time principal.
Às vésperas da Copa daquele
ano, vencida pelo Brasil, a nutricionista Patrícia Bertolucci abandonou o grupo após ter proibido,
sem sucesso, feijoadas durante a
disputa do Mundial nos EUA.
A decisão criou polêmica na comissão técnica. Na ocasião, mais
de 100 kg de carnes para feijoada,
como paio, toucinho e carne-seca,
estavam embalados na concentração da seleção em Teresópolis
(RJ) para seguir com a delegação.
Patrícia alegava que esses alimentos eram de digestão difícil e
teriam pequeno valor nutritivo
para os jogadores.
A Copa das Confederações começará no dia 30, na Coréia. A seleção estreará no dia seguinte.
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