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Entrosamento é deixado em 2º plano
DOS ENVIADOS A KUALA LUMPUR
A constante variação de titulares que Luiz Felipe Scolari pretende realizar na Copa já é uma marca do técnico no treino da seleção.
Entre definir uma equipe, colocando-a para treinar o maior tempo possível na busca por entrosamento, e testar inúmeras mudanças no decorrer dos coletivos, o
treinador gaúcho sempre fica
com a segunda opção, uma decisão curiosa para uma seleção que
tem como maior problema justamente a falta de conjunto.
No coletivo de ontem, por
exemplo, embora faltassem só 11
dias para a estréia do Brasil na Copa, mais de meio time foi modificado -até Ronaldo e Rivaldo,
que precisam de ritmo de jogo, foram parar no time reserva.
Só Cafu, Roberto Carlos, Lúcio e
Ronaldinho não deixaram a equipe titular -Emerson só saiu no
final, com dores nas costas, mas
não havia substituto para ele, e os
derradeiros minutos do coletivo
tiveram um confronto de 11 reservas contra dez titulares.
O placar foi 4 a 0 para a equipe
principal, com gols de Ronaldo,
Roberto Carlos (dois) e Cafu. O
destaque do coletivo, porém, foi
Rivaldo, que participou das jogadas dos três primeiros gols.
Segundo o médico da seleção
José Luiz Runco, Emerson foi
poupado apenas por ter sentido
dores lombares, mas o problema
não impedirá o volante de treinar
hoje nem de jogar amanhã o
amistoso contra a Malásia.
Scolari defendeu o festival de
variações nos coletivos e disse que
deve mantê-lo durante o Mundial. "Se eu tiver tempo, na Copa,
de treinar, vou continuar fazendo
[o rodízio de titulares", porque
não vou ter uma equipe com 11
nem variação de improviso, sem
que o atleta tenha treinado. É a
minha forma de trabalhar."
Vários jogadores defendem a
opção do técnico. Como Edmílson, para quem "ele tem deixado
uma base e está com uma ou outra dúvida, uma coisa normal".
Questionado sobre a condição
de sua equipe para a Copa, Scolari
discordou do lateral Cafu, que
avaliou em 90% o estágio atual
para o torneio. "Temos muita coisa para acrescentar. Se estivesse
90%, seria maravilhoso. Ainda
falta um caminho longo, de sete
dias, oito dias, para fazer correções."
(FV, JAB E SR)
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