São Paulo, sexta-feira, 24 de maio de 2002

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COPA 2002/ AS CHAVES DA COPA

Maduro, Japão até já planeja segunda fase

Anfitriões lutam com russos e belgas para evitar confronto com o Brasil

Foi-se o tempo em que o Japão era definido pelo chavão ""futebol ingênuo". O cabeça-de-chave do Grupo H é sério candidato à classificação e pode ser duro adversário para o Brasil nas oitavas-de-final. Bélgica e Rússia demonstram respeito pelos anfitriões. Já a Tunísia, a equipe mais fraca, teme até levar uma goleada.
Nos últimos 20 meses, só a França conseguiu derrotar o Japão em seu território. Foi na final da Copa das Confederações-2001. O time treinado por Philippe Troussier possui jogadores de destaque no futebol europeu, como Hidetoshi Nakata, do Parma, e Shinji Ono, do Feyenoord.
A defesa é segura e conta com um goleiro de respeito: Kawaguchi. No meio-campo, há boas opções. A velocidade não é mais a única arma, pois o toque de bola e até jogadas individuais fazem parte agora do futebol local.
Belgas e russos não vivem um ano dos melhores. Depois de passarem pelas duras eliminatórias européias (a Rússia foi bem em grupo difícil; a Bélgica se safou na repescagem), colheram resultados medianos. Ambos, porém, foram bem contra a atual campeã mundial, a França, jogando no Stade de France. Os russos empataram em 0 a 0. Por seu lado, os belgas venceram por 2 a 1.
A Rússia ficou em quarto lugar em um quadrangular humilde que organizou em Moscou.
Enquanto os belgas têm uma equipe renovada (com os bons Verheyen e Goor), os russos atuarão com uma equipe de velhos conhecidos, como Mostovoi e Karpin, que jogaram a última temporada no Celta (Espanha), onde atuam os brasileiros Catanha, Edu, Vágner e Silvinho.
Assim, os japoneses sonham até com a primeira posição da chave, para vingar a campanha em 1998, sua estréia em Copas, quando perderam todos os jogos.
A Tunísia lutará para tirar ponto de algum adversário, mas parece uma missão impossível mesmo estando em uma das chaves mais fracas da Copa. Dois técnicos sem nome aceitaram assumir a equipe depois que Henri Michel, apenas razoável, abandonou a seleção.
O Grupo H é importante para o Brasil -muito provavelmente o segundo colocado da chave pegará o time de Scolari nas oitavas-de-final. Vale a pena ficar atento.



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