|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Cavalos" darão 1º lugar à Bélgica
CARLOS ALBERTO PARREIRA
ESPECIAL PARA A FOLHA
O PROGRESSO japonês é
evidente. Há 20 anos, eles
sempre perdiam para as seleções
árabes. Hoje, eles reverteram isso e
dominam a Ásia. Abrigam a Copa
do Mundo com a ambição de estar,
no mínimo, entre os 16 primeiros.
Seu técnico, Philippe Troussier,
montou um time jovem, bom tecnicamente e com experiência internacional. Jogam um futebol solidário, em velocidade, que usa muito
as pontas. O problema está nas linhas de três zagueiros e três volantes, que isolam os atacantes.
A Bélgica vem com a credencial
de ter superado os bons tchecos nas
eliminatórias. Sem grandes estrelas, é uma equipe sólida de grande
disposição física. Tiveram sorte
com o grupo, o que permite sonhar
com a ida à segunda fase. No meio,
tem dois verdadeiros cavalos: Vermant e Simons. Walem é o principal criador das jogadas para o ataque de Wilmots e Verheyen. Chegam à Copa com otimismo após a
vitória sobre a França.
Sobre a Tunísia, o que esperar de
uma equipe na qual o treinador
pede dispensa por não acreditar no
potencial do time. Após uma péssima Copa da África, em que não a
equipe não fez nenhum gol, o francês Henri Michel saiu dizendo que
faltava tudo. O time é limitado tecnicamente, não tem estrutura tática nem sentido de defesa. Nas eliminatórias, tiveram sorte e caíram
em um grupo fácil.
Na Rússia, Beshastnykh, herói da
classificação com sete gols, Mostovoi e Karpin são as principais peças
da equipe. Jogam um futebol de
muita marcação, disciplina tática
e aceleração. Com a renovação que
foi feita na equipe, o futebol de passes curtos deu lugar a um jogo de
bolas longas, rápidas e pelas pontas. Apesar de terem tomado só
cinco gols nas eliminatórias, a defesa é o setor mais fraco. Não tem
sido comprometido pelo goleiro excepcional Nigmatullin. A esperança é chegar às quartas-de-final.
Bélgica ficará em primeiro na
chave. Japão e Rússia lutam pela
segunda vaga.
Carlos Alberto Parreira, 59, foi o técnico campeão da Copa do Mundo de 1994,
nos EUA, e hoje dirige o Corinthians
Texto Anterior: Copa 2002/ As Chaves da Copa: Maduro, Japão até já planeja segunda fase Próximo Texto: O que ver na TV Índice
|