DA ENVIADA A MÔNACO

Responsável por ""salvar" a Honda no início deste ano, equipe que se transformou na Brawn GP e hoje lidera os Mundiais de Pilotos e Construtores na F-1, Ross Brawn acredita que as equipes precisam mudar sua maneira de pensar para que o impasse com a FIA sobre o regulamento para o ano que vem finalmente seja resolvido.
"Você precisa ter uma concepção um pouco diferente das coisas e acho que o mundo inteiro está assim atualmente", disse o proprietário da Brawn GP em Mônaco. ""Estamos passando por um período difícil de crise econômica e acredito que seja possível conseguir as coisas na F-1 mesmo com menos investimento", completou ele.
E é este um dos principais pontos de desacordo entre os times e a entidade que comanda o automobilismo, que quer estabelecer teto no orçamento das escuderias a partir de 2010.
O valor inicial proposto é de R$ 129 milhões, cerca de sete vezes menos do que a Toyota gastou na categoria no ano passado -é o time que mais gastou dinheiro em 2008.
As escuderias gostariam que o teto fosse implementado de maneira gradual, em três anos.
Ex-funcionário da Ferrari, equipe que tem liderado as ameaças de deixar a F-1 caso o regulamento não mude, Brawn disse que a escuderia de Maranello precisa de ajuda para atravessar este momento.
"Eles precisam entender que podem conseguir tudo o que querem da F-1 por muito menos dinheiro do que eles estavam acostumados a gastar no passado", falou o dirigente.
Após uma série de encontros nos últimos dias, nenhum acordo foi anunciado ontem em Montecarlo -hoje há nova reunião da associação das equipes.
Os times têm até a próxima sexta para se inscrever no Mundial de 2010. Até agora só a espanhola Campos e a americana USGPE, ambas estreantes, enviaram a papelada à FIA.
Caso as dez que disputam o campeonato desta temporada percam o prazo de inscrição, ficarão sujeitas à disponibilidade de vagas no grid de largada, que é de 26 carros. (TC)


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