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Turcos se comportam como hooligans
DO ENVIADO A SAINT-ÉTIENNE
Depois do desentrosamento, da
maratona de jogos e do calor, a seleção brasileira encontrou ontem,
contra a Turquia, um obstáculo
bem mais perigoso.
Havia muito tempo o time nacional não encontrava um ambiente tão hostil como o de Saint-Étienne. Imensa maioria das
29.170 pessoas presentes no estádio, os torcedores turcos fugiram
do comportamento usual dos
eventos organizados pela Fifa.
Depois de vaiarem o hino brasileiro, os fãs vestidos de vermelho
se revoltaram a partir do momento em que o juiz alemão Markus
Merk, com razão, anulou um gol
turco, logo no início da partida.
A partir de então, cenas típicas
dos hooligans europeus aconteceram. Sem respeitar seus lugares,
dezenas de turcos tentavam passar pelos seguranças. Alguns conseguiam e se penduravam no
alambrado. Nas cobranças de escanteio, os fãs vestidos de vermelho corriam para xingar os jogadores brasileiros. Já perto do final
do primeiro tempo, Dida foi quase atingido por um objeto lançado
da arquibancada atrás do gol.
Quando a Turquia empatou, a
situação ficou ainda mais dramática. Em êxtase, os torcedores balançavam o alambrado, que
ameaçava cair e provocar uma
grande tragédia. No momento do
segundo gol, pelo menos cinco
torcedores conseguiram invadir o
campo. Foi quando os organizadores perceberam que os seguranças particulares não eram capazes de segurar a fúria turca e
chamaram a polícia para cercar
todo o gramado.
(PC)
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