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São Paulo, terça-feira, 24 de junho de 2003

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Turcos se comportam como hooligans

DO ENVIADO A SAINT-ÉTIENNE

Depois do desentrosamento, da maratona de jogos e do calor, a seleção brasileira encontrou ontem, contra a Turquia, um obstáculo bem mais perigoso.
Havia muito tempo o time nacional não encontrava um ambiente tão hostil como o de Saint-Étienne. Imensa maioria das 29.170 pessoas presentes no estádio, os torcedores turcos fugiram do comportamento usual dos eventos organizados pela Fifa.
Depois de vaiarem o hino brasileiro, os fãs vestidos de vermelho se revoltaram a partir do momento em que o juiz alemão Markus Merk, com razão, anulou um gol turco, logo no início da partida.
A partir de então, cenas típicas dos hooligans europeus aconteceram. Sem respeitar seus lugares, dezenas de turcos tentavam passar pelos seguranças. Alguns conseguiam e se penduravam no alambrado. Nas cobranças de escanteio, os fãs vestidos de vermelho corriam para xingar os jogadores brasileiros. Já perto do final do primeiro tempo, Dida foi quase atingido por um objeto lançado da arquibancada atrás do gol.
Quando a Turquia empatou, a situação ficou ainda mais dramática. Em êxtase, os torcedores balançavam o alambrado, que ameaçava cair e provocar uma grande tragédia. No momento do segundo gol, pelo menos cinco torcedores conseguiram invadir o campo. Foi quando os organizadores perceberam que os seguranças particulares não eram capazes de segurar a fúria turca e chamaram a polícia para cercar todo o gramado. (PC)


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