São Paulo, terça-feira, 24 de junho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Supeitos de falsificação são presos no Rio e PR

Quadrilha conhecia senhas de códigos de barras para passagem por catracas

Segundo autoridades, líder do grupo representava a empresa BWA Tecnologia e Sistemas de Informática, que fabrica os ingressos

DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

A Polícia Civil do Paraná prendeu cinco suspeitos de integrar uma quadrilha que clonava ingressos de partidas do Brasileiro, da Taça Libertadores e da seleção. Foram efetuadas três prisões em Curitiba e duas no Rio no fim de semana.
Segundo a polícia, Jurimar César Domakoski, 50, era o líder do grupo. Atuava como representante no Coritiba da empresa BWA Tecnologia e Sistemas de Informática, de São Paulo. A BWA produz ingressos com código de barra para clubes que disputam o Brasileiro.
Jurimar foi preso no sábado com o filho Thiago Domakoski, 22, no estádio Couto Pereira, na capital paranaense, antes da partida entre Coritiba e Fluminense. Thiago trabalhava no setor de ingressos do Coritiba.
Anísio Vanderlei Cardoso, 22, também foi preso em Curitiba sob suspeita de enviar os ingressos para impressão e distribuí-los para a venda. O dono de uma gráfica em Curitiba está sendo procurado por suspeita de envolvimento no esquema.
O grupo chegou a utilizar uma sala no próprio Couto Pereira para clonar ingressos, segundo investigações da polícia.
Na casa dos suspeitos em Curitiba, a polícia apreendeu cerca de 5.000 ingressos de jogos do Flamengo, da semifinal da Libertadores entre Fluminense e Boca Juniors e da partida das eliminatórias entre Brasil e Argentina, realizada na semana passada em Belo Horizonte.
No Rio, foram presos e transferidos para Curitiba Francisco Polito Júnior, 35, e o irmão Bruno César Polito, 30. Os dois são apontados como compradores de ingressos clonados para partidas de Flamengo, Fluminense e para o confronto entre Brasil e Argentina.

Denúncia
As investigações começaram há dois meses, após denúncia da direção do Coritiba sobre possível "derrame" de ingressos clonados no mercado. O presidente do clube, Jair Cirino dos Santos, disse ter estranhado a diferença entre o total de bilhetes deixados nas catracas por torcedores e a arrecadação.
O delegado Marcus Michelotto, chefe da investigação, afirmou que a quadrilha tinha facilidade em produzir ingressos válidos por conhecer as senhas dos códigos de barras que autorizam a passagem pelas catracas dos estádios.


Texto Anterior: Raia olímpica da China vira "campo de golfe" em decorrência de enchentes
Próximo Texto: Outro lado: Sócio-diretor da BWA critica a divulgação das prisões
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.