São Paulo, terça-feira, 24 de junho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VÔLEI

Os testes da seleção

Nalbert atuou bem contra a França na Liga e deve deixar Samuel na disputa com Anderson por vaga de oposto

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

OS DOIS ÚLTIMOS jogos da seleção brasileira contra a França mostraram que Nalbert deve ser um dos quatro ponteiros em Pequim. A outra conclusão é que Samuel não deve mais lutar com Nalbert por uma vaga como ponteiro da seleção, mas disputar com Anderson um lugar de oposto.
No primeiro jogo com a França, o Brasil perdeu por 3 a 2. Só em bloqueios, levou 19 pontos, um número preocupante. Anderson sofreu com a muralha francesa: fez 10 pontos, contra 22 de Samuel. A seleção também teve problemas no saque e no passe. Na segunda partida, quatro mudanças: Marlon substituiu o levantador Bruno; o central Éder entrou na vaga de Lucas; Nalbert atuou na ponta na vaga de Samuel, deslocado para o lugar do oposto Anderson. O ponta Murilo, o central André Heller e o líbero Alan ficaram. Resultado: Nalbert, Murilo e Alan fizeram uma bela linha de recepção.
Com o passe na mão, Marlon, que jogou bem e vai lutar pela vaga de segundo levantador, teve o trabalho facilitado. Samuel, livre do passe, foi bem como oposto. A vitória sobre a França foi tranqüila: 3 sets a 0.
A presença de Nalbert se torna mais importante já que a seleção não conta mais com o levantador Ricardinho, que conseguia acelerar o jogo até quando a recepção não era boa. Com os atuais levantadores, o Brasil vai ter que jogar com o passe na mão para manter a velocidade no ataque. Nalbert é uma bela opção na recepção. Fundamento em que Samuel ainda não é regular. Já no ataque, ele pega uma bola a 3,42 m do chão e tem muita força. Hoje, está melhor no ataque do que Anderson.
No feminino, o Brasil perdeu, mas fez um bom jogo contra a China, mesmo sem Fofão e só com uma levantadora, Carol. O que ainda irrita no time, principalmente em Paula Pequeno, é a mania de, em momentos decisivos, optar por largadinhas, em vez de soltar o braço.
No próximo fim de semana, a seleção terá rivais mais frágeis: Cazaquistão, Turquia e Alemanha. Mas é preciso atenção com as turcas: elas venceram as americanas e estão em terceiro, atrás de China e Itália.

ESTRELA TURCA
O nome dela é Seda Tokatlioglu, tem 22 anos e 1,92 m. Na vitória da Turquia sobre os Estados Unidos, a jogadora deu show: marcou 31 pontos, dos quais 29 de ataque. Na Turquia, que se destacou na primeira etapa do Grand Prix, a tática é simples: bola alta para a camisa 16.

OS BIGODINHOS
O time francês aderiu à moda do bigodinho. Mais da metade dos 12 jogadores usa o bigode. Já em eficiência, quem tem a melhor campanha é a Rússia, única seleção invicta na Liga Mundial com quatro vitórias. Os russos venceram os dois confrontos com a Coréia e os outros dois diante de Cuba.


cidasan@uol.com.br

Texto Anterior: Ferrari pode desperdiçar "curinga" de Raikkonen
Próximo Texto: José Roberto Torero: O coronel centroavante
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.