São Paulo, quinta-feira, 24 de junho de 2010

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Japão e Dinamarca opõem seus clichês

"Nanicos" asiáticos tentam conter ameaça aérea dos grandalhões europeus para ficar com 2ª vaga do grupo

RENAN CACIOLI
DE SÃO PAULO

O que um time alto e forte faz quando se depara com um rival mais baixo e fraco? Abusa do jogo aéreo, oras.
E o "nanico", como joga nesse confronto? Com velocidade e toques rasteiros para enfurecer os grandalhões.
Óbvio demais? Sim. Mas é exatamente no que acreditam Dinamarca e Japão, rivais pela segunda vaga do Grupo E. A Holanda já está classificada para as oitavas.
Por terem melhor saldo de gols (zero, contra um negativo do rival), os asiáticos avançam com um empate.
"Talvez nós sejamos mais fortes do que os japoneses pelo alto", falou o zagueiro Kroldrup, 1,94 m, que hoje substituirá Kjaer, suspenso.
A seleção europeia tem média de altura sete centímetros superior à da asiática -1,85 m contra 1,78 m.
O segundo jogador mais alto do time é o centroavante Bendtner, que tem o mesmo tamanho de Kroldrup e é a grande esperança de gols do treinador Morten Olsen.
Apesar de não estar 100% fisicamente, o atacante do Arsenal deverá jogar. Bendtner ganhou fama de, mesmo não sendo um primor de técnica, estar na hora certa e no lugar certo -outro clichê?
"O Japão é um bom time, bastante defensivo, mas creio que possamos vencê- -los. Se não conseguirmos, ficaria muito frustrado", falou ele, que também tem fama de não ser dos mais humildes.
Os nipônicos, por sua vez, mantêm o mesmo discurso polido de todas as Copas. "Será uma partida muito disputada", disse o técnico Takeshi Okada, como se fizesse uma previsão assombrosa.
"Não podemos fazer nossos jogadores altos, então faremos tudo o que pudermos para conter essa ameaça", completou Okada, que, por fim, pediu a seus comandados que se preparassem para "a partida de suas vidas". Essa não poderia faltar.


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