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Japão e Dinamarca opõem seus clichês
"Nanicos" asiáticos tentam conter ameaça aérea dos grandalhões europeus para ficar com 2ª vaga do grupo
RENAN CACIOLI
DE SÃO PAULO
O que um time alto e forte
faz quando se depara com
um rival mais baixo e fraco?
Abusa do jogo aéreo, oras.
E o "nanico", como joga
nesse confronto? Com velocidade e toques rasteiros para
enfurecer os grandalhões.
Óbvio demais? Sim. Mas é
exatamente no que acreditam Dinamarca e Japão, rivais pela segunda vaga do
Grupo E. A Holanda já está
classificada para as oitavas.
Por terem melhor saldo de
gols (zero, contra um negativo do rival), os asiáticos
avançam com um empate.
"Talvez nós sejamos mais
fortes do que os japoneses
pelo alto", falou o zagueiro
Kroldrup, 1,94 m, que hoje
substituirá Kjaer, suspenso.
A seleção europeia tem
média de altura sete centímetros superior à da asiática
-1,85 m contra 1,78 m.
O segundo jogador mais
alto do time é o centroavante
Bendtner, que tem o mesmo
tamanho de Kroldrup e é a
grande esperança de gols do
treinador Morten Olsen.
Apesar de não estar 100%
fisicamente, o atacante do
Arsenal deverá jogar. Bendtner ganhou fama de, mesmo
não sendo um primor de técnica, estar na hora certa e no
lugar certo -outro clichê?
"O Japão é um bom time,
bastante defensivo, mas
creio que possamos vencê-
-los. Se não conseguirmos, ficaria muito frustrado", falou
ele, que também tem fama de
não ser dos mais humildes.
Os nipônicos, por sua vez,
mantêm o mesmo discurso
polido de todas as Copas.
"Será uma partida muito disputada", disse o técnico Takeshi Okada, como se fizesse
uma previsão assombrosa.
"Não podemos fazer nossos jogadores altos, então faremos tudo o que pudermos
para conter essa ameaça",
completou Okada, que, por
fim, pediu a seus comandados que se preparassem para
"a partida de suas vidas". Essa não poderia faltar.
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