São Paulo, sexta-feira, 24 de junho de 2011

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Festa santista é marcada por demora, briga e conflitos entre torcida e polícia

Alex Almeida/UOL
Ganso comemora título na Vila Belmiro na madrugada de ontem

ADRIANO WILKSON
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

FELIPE CARUSO
DE SANTOS

A festa armada na Vila Belmiro para receber o Santos após a vitória no Pacaembu foi esperada por quatro horas, mas durou 15 minutos.
No estádio santista, cerca de 7.000 torcedores que viram o jogo em telões e aguardaram o time madrugada adentro viram uma festa discreta, com queima de fogos de artifício e comemoração de apenas alguns jogadores.
Fora do estádio, houve confusão com a polícia. Uma torcedora foi presa após tentar furar um bloqueio da PM na rua de sua casa. Um policial disse à reportagem que ela "desacatou" a autoridade. Na delegacia, foi feito um termo circunstanciado, e a torcedora foi liberada.
Outro homem, que apenas assistia ao tumulto entre a polícia e torcedores, levou um tiro à queima-roupa na coxa, com bala de borracha. Teve apenas ferimento leve.
No Pacaembu, os santistas também sofreram fora de campo. Muitos só conseguiram entrar no estádio 20 minutos após o início do jogo.
Com ingresso na mão, eles foram impedidos de acessar seus lugares reservados.
Tentaram forçar a passagem e entraram em conflito com a PM. Tiveram que dar a volta e entrar por outro portão, após o início do jogo.
Apesar da confusão, a Secretaria de Segurança Pública disse que não houve registro de ocorrências graves.
Dentro de campo, um torcedor causou mais confusão após o apito final do juiz.
Saído dos vestiários, ele entrou em campo com integrantes da comissão técnica e teria provocado jogadores do Peñarol. Depois, houve agressões entre os atletas.
O invasor era Eric, 18, filho do delegado Osvaldo Nico Gonçalves. Em 2005, o delegado ficou famoso por dar voz de prisão ao argentino Desábato, acusado de injúria racial em jogo no Morumbi.
"Eu não vi as imagens da TV, mas, pelo nome, não o conheço. Ele não tem nenhuma relação com a diretoria", disse Pedro Nunes, diretor de futebol do clube litorâneo.
Em Santos, um escudo de 2.500 metros quadrados foi esculpido na areia pela prefeitura, na praia do Gonzaga.
Foram necessários 300 caminhões de areia e quatro dias de trabalho de 40 homens para a escultura ficar pronta, às 15h de ontem.


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