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OPINIÃO
A arrogância perdeu: Teixeira, em seu mundo, está por baixo
JUCA KFOURI
COLUNISTA DA FOLHA
Muricy Ramalho fez o que
sempre disse que faria, isto é:
cumpriria seu contrato e
manteria sua palavra até o
fim. Ao ouvir do Fluminense
que não o liberaria, ficou.
E deixou o Imperador Ricardo I, o Único, com cara de
bobo da corte, depois de desfilar sua arrogância na TV.
A vingança contra o Fluminense que não votou em
quem ele mandou no Clube
dos 13 saiu-lhe pela culatra e
ele perdeu de novo, pela terceira vez em poucos dias: no
Clube dos 13, na África e
diante deste não, que o força
a procurar alguém que certamente será um profissional
fraco a ponto de aceitar ser o
terceiro, pois o primeiro sempre foi Luiz Felipe Scolari.
Tirante os arrivistas emergentes de sempre, que signi
ficam mais problemas do
que solução, quem, no Brasil, aceitaria o convite?
Mano Menezes, de postura
tão correta neste episódio
quase desumano em relação
a ele, tamanha a exposição a
que foi submetido, aceitará?
E as bombachas?
Talvez seja mesmo a hora
de procurar alguém fora do
Brasil, se não Johan Cruyff ou
José Mourinho, ao menos
Abel Braga ou Paulo Autuori.
Anunciar que paga a multa ao Fluminense é tentar
desmoralizar Muricy, resumindo tudo a dinheiro.
Nem todos são iguais.
O importante, no entanto,
é registrar o fato: este homem
que atemoriza governadores
e que consegue o beneplácito
do presidente da República,
em seu mundo, o do futebol,
está outra vez por baixo.
Não tanto como na época
das CPIs que o desmoralizaram perante o país, mas por
baixo. Porque até o apoio que
supunha ter na Fifa para suceder Joseph Blatter ele perdeu, como soube nesta Copa.
Fábio Koff, Juvenal Juvêncio (terá falado com Muricy
Ramalho?), Luiz Gonzaga
Belluzzo, Patrícia Amorim,
para citar alguns poucos,
mas importantes neste cenário, estão rindo, às gargalhadas, do vexame que Rico Terra, aquele dos tempos de plebeu, acaba de viver.
Quem sabe sejam os primeiros sinais de que seu reinado está começando a ruir.
Tomara.
O futebol brasileiro passará a dever muito ao Fluminense e a Muricy Ramalho.
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