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Palmeiras já tem a sua "lei do psiu"
Quem der entrevistas no campo terá de pagar multa de até R$ 10 mil
RENAN CACIOLI
DE SÃO PAULO
Durou uma semana a fase
"paz e amor" de Luiz Felipe
Scolari na volta dele ao Palmeiras. A partir de agora, está instituída a lei do silêncio.
A regra imposta pelo treinador depois do empate por 2
a 2 com o Botafogo, anteontem, é simples: os jogadores
não podem falar com os jornalistas no intervalo dos jogos nem imediatamente depois deles, ainda no campo.
Quem descumprir a norma
estará sujeito a multas que
chegarão até a R$ 10 mil.
"Ele falou conosco. Não
poderemos conversar com a
imprensa no trajeto para o
vestiário por determinação
dele, mas, depois do jogo, será tudo normal. No gramado
é que não pode", confirmou,
ontem, o atacante Ewerthon.
Aparentemente, o motivo
da lei da mordaça de Scolari
foi a declaração concedida
pelo atacante Kleber após o
confronto de anteontem.
O camisa 30 apenas citou o
fato de a equipe estar marcando os gols necessários,
mas lamentou não ter o mesmo sucesso para evitá-los.
Desde que Kleber reestreou em partidas oficiais pelo clube, contra o Santos
-ocasião em que Scolari já
era o técnico, mas não dirigiu
a equipe do banco de reservas-, o Palmeiras fez seis
gols. Porém, sofreu sete.
Ao que tudo indica, a constatação pública realizada pelo atacante desagradou o técnico, que declarou ainda no
vestiário do Pacaembu:
"O que a gente tem de falar, fala lá dentro. Vocês são
muito espertos em criar certas situações, depois criam
um problema pra mim lá
dentro", afirmou Scolari, referindo-se aos jornalistas.
Em seguida, veio a regra
da cartilha: "Portanto, a partir do próximo jogo, se alguém se manifestar a algum
repórter, vou fazer uma multa na caixinha de R$ 5 mil, R$
10 mil, e pronto, vai acabar
com tudo isso", decretou.
Ontem, antes do treino no
CT, o comandante reuniu o
grupo e explicou a nova determinação. "Foi uma determinação imposta e acatada
pelo grupo", disse Ewerthon.
Antes desse fato, Scolari
vinha tendo paciência acima
da habitual com a mídia.
Negou que tenha mandado fechar o treino na véspera
do jogo ante o Santos, quando ainda nem havia assumido o cargo. Quando fechou,
pediu desculpas aos cinegrafistas por não ter se lembrado
de abrir os portões do CT a
tempo de serem registradas
imagens dos jogadores. Durou pouco o pavio dele.
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