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Trégua
Na Alemanha, escuderia Red Bull despista sobre desavenças e tenta desperdiçar menos pontos na luta por seu primeiro título mundial de F-1
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A HOCKENHEIM
Dona do melhor carro da
temporada, mas sofrendo
para converter isso em vantagem na classificação do Mundial, a Red Bull varreu seus
problemas para baixo do tapete em Hockenheim na tentativa de manter-se na disputa por seu primeiro título.
Após ter sua crise interna
escancarada via rádio por
Mark Webber no GP da Inglaterra, há duas semanas, a
equipe chegou à Alemanha
com um discurso pacifista.
Dos pilotos ao chefe do time, todos fazem questão de
afirmar que os problemas internos foram resolvidos e que
o foco é o campeonato.
Com razão. A Red Bull é a
escuderia que mais pontos
desperdiçou neste ano. Dona
de nove poles em dez corridas disputadas, venceu cinco provas. Hoje, a partir das
9h (de Brasília), tenta outra
pole no treino de classificação para o GP da Alemanha.
Não fossem as falhas de
confiabilidade, os erros de
estratégia e uma batida entre
seus dois pilotos na Turquia,
o time poderia estar liderando tanto o Mundial de Pilotos
como o de Construtores.
"Infelizmente não pontuamos pelo que acontece nos
sábados. A McLaren está
atrás de nós nos sábados,
mas somou mais pontos nos
domingos", disse Webber.
O time inglês lidera entre
as equipes, e Lewis Hamilton
e Jenson Button são os dois
primeiros entre os pilotos.
"Sem dúvida nós desperdiçamos pontos. Mas agora
já resolvemos nossos problemas e temos de nos focar nesta corrida", afirmou.
Sebastian Vettel fez coro
ao discurso do colega. "Para
nós, não importa quem vença. Somos um time e queremos ganhar", disse o alemão.
Depois de terem se chocado em Istambul na disputa
pela liderança da prova e o
clima ter ficado "estranho"
entre a dupla, o estopim para
a crise interna na Red Bull
aconteceu em Silverstone,
quando Vettel recebeu a única asa dianteira nova disponível para a classificação.
Ele fez a pole, e Webber,
preterido na escolha, foi o segundo. Na corrida, porém, o
australiano venceu, e Vettel
chegou apenas em sétimo.
Via rádio, Webber disse:
"Nada mal para um segundo
piloto". Depois, criticou o time nas entrevistas. E o clima
azedou de vez na Red Bull.
"Claro que sempre temos
lições a aprender, como ocorreu em Silverstone, mas foi
nossa paixão, dedicação e
comprometimento que nos
fizeram fortes", disse Christian Horner, chefe do time.
"Vencemos cinco provas
de dez, um aproveitamento
de 50%, uma marca importante para um time jovem como o nosso", completou ele.
"Ainda mais se considerarmos que no ano passado
todo vencemos seis. As pessoas se esquecem o quão longe chegamos em um curto espaço de tempo", disse o dirigente da equipe que está na
F-1 desde 2005 e venceu pela
primeira vez uma corrida na
temporada passada.
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