São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 2000


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Boca Juniors sofre ameaça de levante

GUSTAVO CHACRA
DE BUENOS AIRES

Os jogadores do Boca Juniors, atual campeão da Taça Libertadores da América, ameaçam um levante contra a direção do clube.
Primeiro foram os problemas referentes aos prêmios pagos aos jogadores da equipe pelas vitórias e pelo título sul-americano.
A direção do Boca Juniors, após a conquista da Libertadores, afirmou que os prêmios por vitórias obtidas no decorrer da competição seriam descontados do valor pago pelo título.
Os atletas, indignados com a situação, ameaçaram não entrar mais em campo. Para contornar a situação, jogo a jogo era feito um acerto para o time atuar.
Mas os protestos continuavam. A equipe, por exemplo, se negou a ficar concentrada para a partida contra o Corinthians, pela Copa Mercosul.
Ainda não houve uma solução final, mas os atletas e a direção estão mais perto de um acordo. Se as partes não chegarem a um consenso, os atletas podem parar.

Estrela
O caso do meia Roman Riquelme, principal estrela do time, é um pouco mais delicado. Após a valorização de seu passe nos últimos meses, principalmente com a conquista do Campeonato Argentino (no ano passado) e da Taça Libertadores, o jogador exigiu um valor muito elevado para renovar o contrato.
Pediu US$ 700 mil por ano, bem mais do que os US$ 400 mil que recebe Palermo, outra estrela do clube. Depois de muita negociação, o clube aceitou pagar esse salário para Riquelme.
No entanto surgiu uma nova divergência. O atleta quer esse valor isento do imposto de renda, o que o clube não concorda. Os dois lados, até ontem, não haviam chegado a um acordo.
Riquelme, porém, já estaria mostrando disposição de voltar a atuar mesmo sem o acerto com a direção.
Diferentemente do que ocorre no Brasil, na Argentina os jogadores de futebol já paralisaram suas atividades pelo menos duas vezes por conta de divergências com os dirigentes esportivos.
Em uma delas, eles deixaram de jogar para protestar contra a violência nos estádios de futebol.


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