DA REPORTAGEM LOCAL

O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) acatou ontem a liminar que obrigava a entidade a inscrever dois atiradores nos Jogos de Sydney. Assim, os atletas Maurício Mingone (na prova de carabina de ar) e Pauloanísio de Santana Lyrio (para a competição de fossa dupla) devem representar o país na Olimpíada.
Apesar disso, o COB divulgou ontem um comunicado dizendo que irá recorrer da decisão do juiz Humberto de Vasconcelos Sampaio, da 4ª Vara Federal do Rio.
"Infelizmente tivemos que recorrer para a medida judicial. Mas quero passar uma borracha sobre tudo isso e me preparar, da melhor maneira possível, para a Olimpíada", afirmou Lyrio, um dos atiradores indicados pela CBT para ir aos Jogos.
A CBT (Confederação Brasileira de Tiro) havia recebido dois convites da ISSF (Federação Internacional de Tiro) para participar da Olimpíada nas provas de carabina de ar e fossa dupla.
Para efetivar a inscrição, a confederação precisaria do aval do COB. Mas a entidade que dirige o esporte olímpico no país tem como política não aceitar vagas conseguidas por meio de convites.
Com isso, seis atiradores entraram com mandados de segurança para efetivar a participação brasileira nos Jogos. A alegação dos atletas foi a de que houve exceções do COB para a formação da equipe olímpica. No documento, os atiradores citam os casos da natação e do ciclismo.
Na natação, Fabíola Molina conseguiu garantir classificação para os 100 m costas mesmo não tendo atingido o índice estabelecido pela CBDA (Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos), que era de 12min02s90.
No ciclismo, o país não havia conquistado vaga no Mundial B, disputado no começo do ano, no Uruguai. Murilo Fischer acabou garantindo classificação para a prova de resistência depois que a UCI (União Ciclística Internacional) decidiu aumentar o número de vagas em todo o mundo.



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