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FUTEBOL
Clubes chegam a impasse sobre valores; atacante se reapresenta hoje em Milão e enfrenta a raiva dos torcedores
Real e Inter afirmam que desistiram de negociar Ronaldo
DA REPORTAGEM LOCAL
Real Madrid e Inter de Milão
anunciaram oficialmente ontem
que abandonaram as negociações
para a transferência de Ronaldo
do time italiano para o espanhol.
O artilheiro da Copa-2002 embarcaria ontem à noite para Milão, após o fechamento desta edição, para se reapresentar à Inter.
"O Real Madrid comunica que
existem diferenças insolúveis
com a Inter de Milão para a contratação de Ronaldo. Nas francas
e cordiais conversas mantidas esta manhã, foi manifestada a impossibilidade de se chegar a um
acordo satisfatório, motivo pelo
qual ambos os clubes dão por encerrada a negociação", afirma o
texto publicado pelo Real Madrid
em seu site na internet.
A Internazionale também emitiu uma nota em sua página oficial, em que confirma os contatos
de seu presidente, Massimo Moratti, com os dirigentes do Real
Madrid Florentino Pérez (presidente) e Jorge Valdano (diretor-geral) anteontem e ontem. Porém
finaliza o comunicado dizendo
que "eram grandes as distâncias"
entre as duas propostas.
Os italianos teriam pedido 60
milhões pelo atestado liberatório
de Ronaldo, enquanto o Real Madrid estaria disposto a pagar 12
milhões mais dois jogadores, a serem escolhidos entre Flávio Conceição, Morientes e Munitis.
Apesar de ser um forte indício
do esfriamento da transferência
de Ronaldo, os comunicados dos
dois clubes não significam necessariamente que a novela acabou.
No início deste mês, os dirigentes
do Real já haviam anunciado a desistência de Ronaldo, mas acabaram retomando as negociações.
Caso se confirme o aborto do
negócio, crescem as chances de
Ronaldo voltar a jogar pela equipe
de Milão, mesmo a contragosto,
já que a crise no mercado do futebol desestimula eventuais interessados num jogador tão caro
quanto o atacante brasileiro.
Ronaldo já anunciou que não
gostaria de continuar na Inter,
com quem tem contrato até 2006.
Embora não admita publicamente, o centroavante da seleção
brasileira não suporta o técnico
do time italiano, o argentino Héctor Cúper, por quem considera ter
sido prejudicado várias vezes.
Na avaliação de Ronaldo, se dependesse de Cúper, ele não teria
conseguido disputar a última Copa do Mundo, já que o técnico da
Inter resistiu em lhe colocar em
campo quando ele se recuperava
de uma lesão muscular.
O site de Ronaldo na internet dizia ontem que o atacante está "ansioso em voltar a jogar e não vê a
hora de entrar em campo para
disputar uma partida oficial".
O clima em Milão, entretanto, é
cada vez pior para o jogador. Os
torcedores se consideram traídos
por Ronaldo e é cada vez mais difícil encontrar referências ao camisa 9 nas ruas da cidade.
Com agências internacionais
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