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São Paulo, domingo, 24 de agosto de 2003

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FUTEBOL

Com bom retrospecto contra o Vasco, Luis Fabiano volta depois de cumprir três jogos de suspensão e promete gols

São Paulo confia em antídoto contra pedra no sapato

ALEC DUARTE
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo acredita ter o antídoto adequado, Luis Fabiano, para enfrentar hoje, no Rio, um time que tem sido um estorvo para os paulistas, o Vasco da Gama.
O artilheiro são-paulino no Brasileiro-2003 volta após três jogos de suspensão prometendo aquilo que melhor sabe fazer: gols.
"O Vasco que se cuide. Toda vez que fico muito tempo em jejum volto com tudo", anunciou o jogador, que garantiu mudar de atitude com relação aos árbitros para evitar expulsões. Foi numa reclamação contra Márcio Rezende de Freitas, diante do Atlético-PR, que o atacante recebeu o cartão vermelho, posteriormente agravado com uma punição do STJD.
Se o apetite de Luis Fabiano estiver mesmo apurado, as chances de o São Paulo espantar um fantasma aumentam consideravelmente. Afinal, a história recente do confronto está repleta de dissabores para o time, que desde 2001 perdeu apenas três vezes dos cariocas -todas para o Vasco.
O resultado mais traumático foi registrado no Nacional de 2001, também em São Januário, local do confronto desta tarde. Comandado por um Romário endiabrado (o jogador fez três gols), os vascaínos golearam por 7 a 1.
No ano seguinte, logo a 27 de janeiro, mais uma vitória do Vasco, só que no Morumbi. De virada, com dois de Romário, o clube do Rio ganhou por 3 a 2 pelo Torneio Rio-São Paulo. Três meses depois, os rivais voltariam a se enfrentar, pela Copa do Brasil. Novo triunfo carioca em seu estádio: 1 a 0.
O São Paulo também perdeu um título nacional para o Vasco, em 1989, mesmo jogando em casa. Bastou um gol de Sorato, e os cariocas levantaram a taça.
Com Luis Fabiano em campo, a história foi diferente: no ano passado, ele marcou três vezes na vitória de 5 a 3, pelo Brasileiro. Já neste ano, fez um no triunfo de 3 a 1 no primeiro turno do Nacional.
Sua estratégia, em boa medida, é não ter estratégia. "Todo atacante que conheci era meio louco. Ali, no meio dos zagueiros, você precisa ser revoltado mesmo", disse.
O técnico Rojas reprova os métodos do artilheiro, mas respira aliviado com a volta de uma referência em seu ataque.
Hoje, o técnico decidiu escalar três zagueiros (Lugano, Jean e Gustavo Nery) e três volantes (Adriano, Carlos Alberto e Fábio Simplício) para impedir desastres como a goleada de 2001. "Nossa preocupação principal é com a defesa. Todo mundo sabe disso."
A única dúvida do chileno diz respeito ao acompanhante de Luis Fabiano no ataque. Rico, que entrou no segundo tempo contra o Fortaleza e marcou um gol, é o mais cotado. Diego Tardelli, considerado "aéreo" pela comissão técnica -um eufemismo para desatento-, corre por fora.

Roupa nova
O atacante Edmundo e o novo uniforme são as novidades do Vasco. Suspenso contra o Corinthians, Edmundo tentará quebrar um jejum de um mês e meio sem marcar. Seu último gol foi contra o Paraná, no dia 5 de julho.
O técnico Mauro Galvão escalou três atacantes. Ele só tem uma dúvida: lesionado, Beto pode não jogar -Danilo é a opção.
Após seis anos, o uniforme vascaíno voltará a ter a faixa diagonal nas costas. A nova camisa é uma homenagem ao aniversário do clube, que completou 105 anos.


Colaborou a Sucursal do Rio

NA TV - Globo (só para SP) e Record (só para São Paulo e Curitiba), ao vivo, às 16h


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