São Paulo, quarta-feira, 24 de agosto de 2011

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Brasil sobe duas vezes ao pódio, mas ainda esbarra em japoneses

JUDÔ
Leandro Cunha e Sarah Menezes levam prata e bronze no Mundial


Yver Herman/Reuters
Leandro Cunha na luta diante de Rok Draksic na semifinal do Mundial

DE SÃO PAULO

A judoca Sarah Menezes, 21, agita as mãos antes de enfrentar a japonesa Haruma Asami. Mostra a energia que a levou à segunda semifinal de um Mundial de judô, até 48 kg, desta vez em Paris.
Iniciada a luta, é dominada pela rival, agora bicampeã mundial e líder do ranking. Distrai-se e toma golpe nas pernas com um minuto e 20 segundos de combate: ippon.
Na luta seguinte, a judoca aplica o golpe perfeito, seu terceiro no torneio, na francesa Frederique Jossinet e garante o bronze. Medalha e campanha nas finais idênticas às do Mundial de 2010.
É um retrato do desempenho do Brasil na estreia na competição. O país faturou dois pódios e consolidou-se como potência. Mas esbarra no Japão para atingir o topo.
"Tenho que focar nessas japas", afirmou Menezes, que perdeu a quinta para Asami, ontem ao site Globo.com.
Ela fará período de 20 dias de treinos no país asiático.
Trajetória similar teve o judoca Leandro Cunha, da categoria até 66 kg. Ele repetiu a medalha de prata do último Mundial, com só uma derrota na final. Para um japonês.
Aos 31 anos, bateu quatro adversários até a semifinal.
No combate contra Rok Draksic, controlou o ímpeto do esloveno e venceu após punições ao rival por falta de combatividade. Mas, na final, não conteve o ippon do japonês Masashi Ebimuna. Após um minuto e 40 segundos de luta, foi lançado ao tatame.
"É mais uma conquista com muito suor", afirmou Cunha ao Globo.com. "Faltaram alguns detalhes técnicos, mas vou trabalhar e estudar mais os adversários".
Na categoria até 60 kg, o brasileiro Felipe Kitadai foi eliminado nas oitavas. Rishod Subirov, que o derrotou, tornou-se bicampeão mundial.
Ao final do primeiro dia, o Brasil obteve metade das medalhas de 2010. Mas continua sem ouros desde 2007.


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