|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Só suficiente, São Paulo enfrenta instabilidade
L.C. Leite/Folha Imagem
|
Richarlyson, Lenílson e Fabão realizam alongamento durante treino do São Paulo para o clássico de hoje contra o Palmeiras |
Mesmo após dois triunfos, Muricy diz que time só está vencendo na superação
Clube quer aproveitar crise do Palmeiras para chegar à terceira vitória seguida e manter-se com vantagem confortável na liderança
TONI ASSIS
ENVIADO ESPECIAL A PRESIDENTE PRUDENTE
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Duas vitórias consecutivas,
líder isolado do Nacional, quatro pontos de vantagem sobre o
segundo colocado e ainda um
jogo a menos do que o concorrente mais próximo no torneio.
Apoiado num cenário ideal
para manter a confortável vantagem sobre o Grêmio no Brasileiro, o São Paulo, franco favorito ao título, vive um clima de
instabilidade interna para pegar o Palmeiras hoje.
O motivo: a queda de rendimento da equipe, que deixou o
técnico Muricy Ramalho pressionado por cartolas e torcedores e parte do time insatisfeita.
"O nosso time está ganhando
pela superação. Contra o São
Caetano foi assim. E não dá para ganhar só com isso. Por enquanto está sendo suficiente,
mas sabemos que precisamos
melhorar", afirmou o técnico
Muricy Ramalho. "E não é porque ganhamos duas seguidas
que vamos pensar assim. Temos que jogar melhor."
O treinador, que até aqui vinha utilizando o 3-5-2 na maioria das partidas, agora prefere
trabalhar jogo a jogo. "Estamos
com elenco reduzido e a toda
hora somos obrigados a mudar
a escalação. Ou por contusão ou
por cartão. Isso tudo atrapalha,
e muito", falou o treinador.
Na verdade, o São Paulo sofre
com o fato de ter passado em
branco até aqui. Pressionados
pela diretoria e pela torcida por
ter a obrigação de vencer o Brasileiro após os três vices acumulados ao longo de 2006, jogadores e técnico querem agora
é esquecer os momentos recentes de turbulência. "Aqui não
teve crise. Tivemos apenas um
momento de pressão, mas ninguém ficou abalado com isso",
afirmou o atacante Thiago.
O polivalente Richarlyson,
que se negou a dar entrevistas
após o jogo contra o São Caetano, quando fez o gol da vitória
de 1 a 0, também bateu nessa
tecla ao dizer que o seu silêncio
foi um protesto. "Fomos colocados em xeque. O nosso potencial foi questionado", disse.
Muricy recorreu à cultura do
futebol no Brasil para justificar
o que saiu na imprensa. "No
Brasil, vice não vale nada. Se
um estrangeiro chegar aqui e
ver o time na liderança e com
três finais no ano, não vai entender nada. Vai achar que todo
mundo é louco", falou.
Diante da perda de jogadores
importantes, entre eles Lugano
e Ricardo Oliveira, Muricy ganhou como reforços apenas o
zagueiro Miranda, vindo do futebol francês, e anteontem, no
último dia de inscrições, o desconhecido Edgard, do Joinville.
Texto Anterior: Lula apoiou Parreira, que não vai apoiar Lula Próximo Texto: Preocupação: Ilsinho teme rever palmeirenses Índice
|