São Paulo, domingo, 24 de setembro de 2006

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Renovação será difícil para seleção

DA REPORTAGEM LOCAL

Acabado o Mundial, o Brasil terá um duro rival pela frente: a renovação.
"O Brasil não revela tantas jogadoras. É por isso que a Paula jogou na seleção brasileira por 22 anos, a Hortência, 20, e a Janeth também 20", afirma o técnico Antonio Carlos Barbosa.
A equipe atual era uma das mais veteranas do Mundial no Brasil, com média de idade de 28 anos. Como comparação, as australianas tinham média de 25,9 anos, e as russas, de apenas 23,7.
O Brasil escalou quatro trintonas no grupo, todas remanescentes do título mundial de 1994: Janeth, 37, Helen, 33, Alessandra, 32, e Cíntia Tuiú, 31. "Acho que estamos garantidos até os Jogos de Pequim [em 2008]. Mas vamos ter problemas a partir do próximo Mundial", analisa o técnico.
Para ele, as posições mais carentes são armadora e ala. Na primeira posição, quando Helen se retirar da seleção, o treinador só terá Adrianinha. "Não temos gente. Estou tentando transformar a Jaqueline e a Palmira em armadoras", preocupa-se.
Nas laterais, a situação também é caótica. Embora Iziane, 24, seja a nova cestinha do time, uma líder como Janeth fará falta.
A posição de pivô, ao menos, está mais bem encaminhada. Erika, 24, é preparada para assumir o lugar de Alessandra. E Kelly, 26, ainda tem ao menos mais um Mundial pela frente.
"Há pouco trabalho de base. Temos em Americana, Jundiaí, Santo André, Ourinhos, Osasco e São Caetano. Estamos quase restritos ao Estado de São Paulo", lamenta Barbosa.0 (ALF E MB)


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