São Paulo, domingo, 24 de setembro de 2006

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Após espera, Saretta faz 1 a 0 em partida de 4h

De virada, tenista bate sueco na abertura do duelo que vale vaga na elite da Copa Davis em 2007; confronto em BH prossegue hoje

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE

Foram 26 horas e 31 minutos de espera para que a torcida mineira pudesse, enfim, ver uma troca de bolas em quadra. Mas a recompensa foi uma emocionante vitória de Flávio Saretta sobre Andreas Vinciguerra, na abertura do confronto que colocará o Brasil ou a Suécia na elite da Copa Davis em 2007.
Com o resultado, os brasileiros abriram 1 a 0 na série melhor de cinco. O jogo entre Ricardo Mello e Robin Soderling foi transferido para hoje porque não havia luz natural suficiente para levá-lo até o fim.
A partida de duplas (Gustavo Kuerten e André Sá x Simon Aspelin e Jonas Bjorkman) também está marcada para hoje, caso a chuva não volte a interromper a programação, como aconteceu anteontem.
Mas, mesmo sem chuva, o jogo de Saretta ontem começou com duas horas e meia de atraso, pois a quadra ainda não estava em condições ideais.
E, depois da longa espera, a partida começou com muitos erros, uma "montanha russa", como definiu Vinciguerra.
Pegou fogo de verdade no quinto set, quando o brasileiro, que estava atrás no placar -4 a 1- partiu para o tudo ou nada e, após 4h04min debaixo de sol, acabou fechando em 6/4, 1/6, 3/6, 6/2 e 7/5. "Foi a melhor partida da minha vida. Foi a primeira vez que joguei uma Davis em casa, é incrível", falou Saretta. "No 4 a 1 estava difícil, fiquei lutando comigo mesmo. Falava pra mim que ia ganhar, mas, lá dentro, duvidava. Foi aí que tudo começou a dar certo."
A vitória lhe rendeu muitos elogios do capitão da equipe, Fernando Meligeni, e da equipe da Suécia. "Ele ganhou pontos importantes e mereceu vencer", disse Vinciguerra, visivelmente decepcionado. "O Andreas foi ótimo, mas a verdade é que o Saretta foi melhor. Os dois times são muito parelhos", completou Mats Wilander, o capitão da Suécia.
Meligeni foi menos contido e enalteceu a garra do jogador, seu grande amigo. "A gente sabia que não seria fácil, e ganhamos nos detalhes. Foi uma grande vitória", falou o capitão, para quem o triunfo foi uma recompensa pelo empenho nos últimos dias. "Ele [Saretta] treinou duro por quinze dias, não se atrasou e jogou com oito bolhas na mão sem cara feia."
Ao lado da quadra, os outros integrantes do Brasil gritaram o tempo todo e não desanimaram. "Isso é legal na Davis, você olha pro lado e só vê amigos. No jogo, nem respirei. Só achei que tinha ganhado mesmo quando terminou", finalizou Saretta.


NA TV - Brasil x Suécia Sportv, ao vivo, às 10h


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