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Após espera, Saretta faz 1 a 0 em partida de 4h
De virada, tenista bate sueco na abertura do duelo que vale vaga na elite da Copa Davis em 2007; confronto em BH prossegue hoje
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE
Foram 26 horas e 31 minutos
de espera para que a torcida mineira pudesse, enfim, ver uma
troca de bolas em quadra. Mas a
recompensa foi uma emocionante vitória de Flávio Saretta
sobre Andreas Vinciguerra, na
abertura do confronto que colocará o Brasil ou a Suécia na
elite da Copa Davis em 2007.
Com o resultado, os brasileiros abriram 1 a 0 na série melhor de cinco. O jogo entre Ricardo Mello e Robin Soderling
foi transferido para hoje porque não havia luz natural suficiente para levá-lo até o fim.
A partida de duplas (Gustavo
Kuerten e André Sá x Simon
Aspelin e Jonas Bjorkman)
também está marcada para hoje, caso a chuva não volte a interromper a programação, como aconteceu anteontem.
Mas, mesmo sem chuva, o jogo de Saretta ontem começou
com duas horas e meia de atraso, pois a quadra ainda não estava em condições ideais.
E, depois da longa espera, a
partida começou com muitos
erros, uma "montanha russa",
como definiu Vinciguerra.
Pegou fogo de verdade no
quinto set, quando o brasileiro,
que estava atrás no placar -4 a
1- partiu para o tudo ou nada e,
após 4h04min debaixo de sol,
acabou fechando em 6/4, 1/6,
3/6, 6/2 e 7/5. "Foi a melhor
partida da minha vida. Foi a
primeira vez que joguei uma
Davis em casa, é incrível", falou
Saretta. "No 4 a 1 estava difícil,
fiquei lutando comigo mesmo.
Falava pra mim que ia ganhar,
mas, lá dentro, duvidava. Foi aí
que tudo começou a dar certo."
A vitória lhe rendeu muitos
elogios do capitão da equipe,
Fernando Meligeni, e da equipe
da Suécia. "Ele ganhou pontos
importantes e mereceu vencer", disse Vinciguerra, visivelmente decepcionado. "O Andreas foi ótimo, mas a verdade é
que o Saretta foi melhor. Os
dois times são muito parelhos",
completou Mats Wilander, o
capitão da Suécia.
Meligeni foi menos contido e
enalteceu a garra do jogador,
seu grande amigo. "A gente sabia que não seria fácil, e ganhamos nos detalhes. Foi uma
grande vitória", falou o capitão,
para quem o triunfo foi uma recompensa pelo empenho nos
últimos dias. "Ele [Saretta]
treinou duro por quinze dias,
não se atrasou e jogou com oito
bolhas na mão sem cara feia."
Ao lado da quadra, os outros
integrantes do Brasil gritaram
o tempo todo e não desanimaram. "Isso é legal na Davis, você
olha pro lado e só vê amigos. No
jogo, nem respirei. Só achei que
tinha ganhado mesmo quando
terminou", finalizou Saretta.
NA TV - Brasil x Suécia
Sportv, ao vivo, às 10h
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